sábado, 18 de agosto de 2007

“ESCOLAS” DE CORRUPÇÃO

JUACY DA SILVA

Nada pior neste mundo do que a falta ou despreparo da mão-de-obra em qualquer país, area de atividade ou ramo de negócio. O mundo moderno exige que as pessoas para conseguirem um espaço ou lugar ao sol, sejam cada vez mais qualificadas e especializadas.
Certamente que para preparar profissionais `a altura das exigências do mercado precisamos de um sistema de formação que, de fato, esteja preocupado e comprometido com tais exigências e mudanças que ocorrem de forma muito rápida. Se as sociedades têm este entendimento, também a marginalidade, a criminalidade e a bandidagem devem se preocupar com a formação e constante atualização de seus quadros.
Costuma-se dizer que os presidios são, de uma forma mais ou menos empírica, verdadeiras universidades do crime. Algumas autoridades chegam a dizer que um deliquente comum, sem alta periculosidade, o poularmente chamado “ladrão da galinha”, entra quase cru na prática da delinquência e acaba saindo doutor na arte da criminalidade.
No entanto, a grande maioria dos re-educandos, como assim são denominados essas pessoas que agridem e atentam contra a socedade, de forma violenta e covarde, geralmente são pobres, negros, pardos ou pertecem a grupos e segmentos excluídos da sociedade.
Por mais que o Brasil ostente uma posição pouco confortável no “ranking” ou hierarquia mundial no quesito corrupção, jamais ou quase nunca os criminosos de colarinho branco chegam a ser matriculados e internados nessas universidades do crime, quando muito passam algumas horas, dias, semanas ou até mesmo meses.
Mesmo apanhados com a boca na botija, com dolares na cueca, cheques e depósitos em suas gordas contas bancárias, sempre são considerados inocentes até prova em contrário. A conclusão que podemos chegar é que esta estoria de corrupção em nosso país é invensão dos meios de comunicação, falta de preparo das forças policiais ou do ministério público ou do sistema judiciário. Não existe compra de votos, ninguém “molha” a mão de ningém, não existe superfaturamento nas compras governamentais etc e tal.
Todavia, tudo isto deixa as pessoas em uma situação difícil, algumas passam a sofrer de amnesia, outras não conseguem reconhecer amigos ou comparsas, outras choram diante das cameras, das CPIs, dos inquisidores que a gente acaba ficando com dó dessas pessoas inocentes, até prova em contrário, cujo prazo pode demorar décadas ou a vida inteira e sempre serão inocentes até prova em contrário ou que a condenação seja transitada em julgado.
Para evitar todos esses constrangimentos, poderiam ser criadas “Escolas” de corrupção para melhor preparar nossos/as corruptos e assim possibilitar que tais pessoas pudessem atuar com mais desenvoltura e um acobertamento perfeito, impossibilitando que a minoria da população que ainda prima pelo que é denominado ética deixasse de atormentar a vida desses inocentes ou como alguns dizem espertos e talentosos para amealhar riqueza, renda e posiçao social de forma espantosa .
Essas “escolas” da corrupção deveriam integrar um sistema bem organizado e articulado em seus vários níveis. A formação básica ocorreria em escolas espalhadas pelos diversos municípios, a especialização a nível Estadual, o mestrado e doutorado na capital federal e o pos-doutorado em países que estejam entre os dez mais corruptos do mundo

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