quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Qualidade de vida e desenvolvimento sustentavel

QUALIDADE VIDA E DESENVOLVIMENTO SUTENTÁVEL

Prof Juacy da Silva

Um dos problemas mais sérios na avaliação das políticas públicas tem sido a definição de indicadores que, de forma consistente, possam mensurar qualitativa e quantitativamente os fenômenos ou situações que devem ser superados.
Em geral a pobreza, a miséria e a exclusão social têm sido mensurados em termos de carências ou necessidades básicas que determinados grupos de pessoas estejam submetidos, considerando-se não apenas as situações determinadas, mas fundamentalmente os parâmetros impostos pela dignidade humana, independente dos contextos culturais ou temporais.
Por exemplo, pouco importa a cor, a origem racial, o gênero ou a idade; todas as pessoas devem dispor de condições de alimentação que possibilitem não apenas a mera subsistência ou sobrevivência, mas fundamentalmente, as condições que garantam saúde, bem-estar e níveis de satisfação cada vez mais elevados.
Da mesma forma, podemos aplicar este mesmo paradigma para todas as demais necessidades básicas como segurança individual e comunitária, segurança econômica, social, habitação, saneamento, educação, saúde e assim por diante.
De outro lado, a questão da qualidade de vida também está diretamente vinculada à preservação do meio ambiente, sem o que, a base de sustentação de qualquer processo de desenvolvimento será extremamente frágil, podendo, ao longo prazo comprometer a capacidade econômica de gerar bens e serviços necessárias à superação da pobreza afetando de forma negativa a qualidade de vida.
A degradação ambiental, incluindo o acúmulo de lixo nas ruas e quintais, a ocupação de margens de córregos, rios, encostas de morros acabam para gerar condições de habitabilidade totalmente inseguras e degradantes.
Outra forma de degradação ambiental é o uso inadequado do solo, tanto urbano quanto rural. No caso do uso inadequado do solo urbano podemos identificar a contaminação do mesmo por rejeitos industriais, produtos químicos, falta de tratamento do lixo. Neste particular os “famosos” lixões ou mesmos os “lixinhos” que são formados a céu aberto é prova mais patente da degradação ambiental e humana.
É comum e até mesmo caraterística das cidades do terceiro mundo, inclusive do Brasil e de Mato Grosso, pessoas, incluindo homens, mulheres e crianças misturarem-se a porcos, urubus, ratos e outros animais peçonhentos em busca de alimentos ou restos de lixa para dali tirarem seu sustento, contrastando com os altos níveis de vida e de conforto das camadas mais abastadas, inclusive dos falsos representantes do povo, que na verdade vivem as custas da miséria e da abastecidas, inclusive dos falsos representantes do povo, que na verdade vivem as custas da miséria e da exploração do mesmo.
Quanto à degradação do solo rural a mesma pode ser identificada nos processos de erosão, desertificação, no uso sem controle de agrotóxicos, herbicidas, fungicidas, enfim, produtos altamente tóxicos que acabam contaminando o solo, subsolo, cursos d’água, lençol freático, dizimando a vida animal e vegetal, com sérios prejuízos para o meio ambiente e as gerações futuras.
A busca desenfreada pelo lucro momentâneo que é apropriado por uma casta endinheirada, não leva em cinta o passivo ambiental que acaba sendo debitado nas costas da sociedade e dos poderes públicos, afetando de forma extremamente injustas as camadas mais pobres atuais e futuras.
Resumindo, não pode haver desenvolvimento justo e solidário se não houver respeito pelo meio ambiente. O processo de desenvolvimento só pode ter este nome se for socialmente justo, econômica viável e ambientalmente equilibrada e sustentável. Só assim podemos melhorar a qualidade de vida das pessoas, principalmente das camadas mais pobres.

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