PASSADO, PRESENTE E
FUTURO
JUACY DA SILVA
Dizem que as
pessoas quando crianças e jovens são sonhadoras, utópicas, revolucionárias,
contestadoras, suas energias estão
sempre voltadas para a construção de uma
sociedade ideal, onde a justiça, a igualdade, a solidariedade e a esperança
suplantam os problemas e encaram os desafios com ânimo
redobrado e as vezes nem medem as consequências de suas ações.
`A medida que se tornam adultas acabam “caindo na
realidade”, agem mais com os pés no chão, com mais
responsabilidade e avaliam bastante
as ações que devem tomar diante
dos mesmos desafios que são práticamente
eternos na vida dos povos e das sociedades.
Finalmente, quando
chegamos `a nossa plenitude e iniciamos o processo de
envelhecimento, podemos voltar nossos
olhos para o passado e as vezes nos
desiludimos, nos arrependemos ou
imaginamos que a história possa parar e
retroceder para uma época em que a
violência era quase inexistente, as
famílias mais solidárias, os governantes
menos corruptos e mais patriotas. Com constância nesta época
já estamos bem “escaldados” de
falsas promessas e volta e meia bem que
gostariamos de poder voltar no tempo.
Mas esta volta ao passado é impossível tendo em
vista que os arranjos sociais, econômicos, familiares, culturais e tecnológicos sofreram enormes mudanças que
desfiguraram aquele tempo pretérito e
temos que acordar para a realidade que já é
bem diferente e que exige de cada
um de nós, crianças, jovens, adultos e idosos um novo posicionamento em todas
as esferas da vida.
É neste quadro complicado entre um passado , dependendo
da idade e das experiências de cada pessoa, da vivência do presente, se
pobre ou rica, residente em grandes cidades ou pequenos vilarejos, no
meio urbano ou rural, se em uma região desenvolvida e próspera ou em um estado periférico e pobre das
regiõe norte ou nordeste, se
moramos em um bairro nobre ou nas
periferias urbanas, da convivência com a
miséria ou com a opulência, em meio a
uma favela dominada pelo crime
organizado ou em um condomínio de alto padrão,
do tipo de trabalho, se
braçal ou um executivo
milionário, que vamos decidir em quem devemos votar para Presidente da
República, Governador, Senador, Deputados Federal ou
Estadual
São essas figuras, as vezes tão distantes do
sofrimento do dia-a-dia da população mais pobre, miserável ou remediada, que denominamos de classe média , que
durante o período eleitoral tentam
desesperadamente mostrar ou demonstrar que também
podem ser iguais ao povo.
Nesta tentativa de mostrar-se semelhante ao povo, abraçam todos que
encontram pelo caminho, pelas vielas, praças, comem “iguarias” de pobre, bebem
até cachaça, amdam por ruas esburacadas,
com esgoto correndo a céu aberto e animais que por aí também perabulam; e
prometem, que “se eleitos forem” vão transformar pobreza
em riqueza, trabalhador em
patrão, doentes pobres , que sofrem e morem nas filas de unidades de saúde pública, terão atendimento classe A, iguais aos
políticos e eliteque buscam sempre os melhores hospitais para se tratarem, empresário se tornarão bilionários graças aos favores do
governo e assim por diante.
Todavia, poucos
candidatos tem a coragem de colocar as promessas no papel, detalhando como
vão fazer para tirar o país do buraco,
colocar os corruptos que estão dentro do governo na cadeia, melhorar a saúde
pública, a educação para que seja de
qualidade, o saneamento como um direito
verdadeiro, as moradias populares em ambientes
que respeitem a dignidade humana
e não novos “guetos” onde os
pobres devem ser escondidos e como
vão fazer para acabar com a bandidagem e a violência que amedronta
a população e onde vão gastar com lisura, eficiência e transparência o
dinheiro que pagamos de impostos e acabam sendo mal aplicados ou roubados dos cofres públicos.
Cá com os meus botões.
Dos três
candidatos `a Presidencia apenas MARINA SILVA
apresentou seu plano de Governo. A atual presidente não consegue explicar por que o presente está tão ruim,
porque existe tanta incmpetência , autoritarismo, demagogia
e corrupção em seu governo e por que de tudo o que foi prometido há quatro anos
pouca coisa foi realizada. Geralmente, Dilma culpa a crise internacional, a
oposição, a imprensa, os adversários, jamais
faz uma auto-critica e nem assume
as falhas e erros de seu governo.
Aécio, por
representar o passado Tucano, cujos
candidatos já foram rechaçados por
três vezes, duas derrotas para Lula
e uma para Dilma, não consegue entusiasmar a grande maioria da
população. Parece que o futuro,
as mudanças de verdade estão
sendo depositadas em MARINA SILVA, que está
sob um ataque permanente pelas
forças que representam o passado (Aécio)
e o presente (Dilma).
Vamos aguardar até o
final do segundo turno para para ver o
que o povo brasileiro deseja em termos
de um país decente, desenvolvido, eficiente, transparente , justo e
sustentável.
JUACY DA SILVA,
professor univeritário,
aposentado UFMT, mestre em
sociologia,articulista de A Gazeta. Email professor.juacy@yahoo.com.br Blog www.professorjuacy.blogspot.com twitter@profjuacy
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