sexta-feira, 28 de março de 2014


DILMA E A PETROBRÁS

JUACY DA SILVA

Ao remexer no baú dos primeiros anos do Governo Lula, aos poucos a imprensa  nacional e internacional vai transmitindo ao público informações e suspeitas de que a aquisição de uma pequena companhia de petróleo no Texas, EUA, pode representar o fio da meada que levará a um dos maiores escândalos da administração pública brasileira, muito maior do que o MENSALÃO,  que acabou detonando a outrora cúpula toda-poderosa do PT e levando de roldão várias figuras importantes do cenário políico em passado recente.

O que poderia ter sido encerrado com uma pequena nota explicativa, redigida, `as pressas pela  Presidente Dilma, em substituição a um comunicado elaborado pela direção da Petrobrás, acabou como uma bomba relógio colocada no colo da mais alta mandatária do país.

Além do enorme prejuizo que a  compra da referida refinaria causou `a Petrobrás, valor superior a um bilhão de dólares, vários aspectos  tanto das  negociações quanto de seus efeitos na vida da empresa estão contribuindo para desgastar a imagem da Presidente, tanto nos aspectos de sua competência e capacidade de  gestora quanto de suas resposabilidades legais.

Como Presidente do Conselho de Administraçao da Estatal, pela sua condição de Ministra-Chefe da Casa  Civil, Dilma era a responsável direta e maior pelas decisões estratégicas da Petrobrás. Depois de oito anos, o que antes eram apenas ilações acabou sendo cinfirmado por nota  redigida e divulgada pela própria Presidente, onde o documento que embasou sua decisão, como Presidente do Conselho, de apenas  pouco mais de duas páginas, era falho e incompleto.

Dilma afirmou publicamente que se soubesse das cláusulas leoninas que estavam no contrato de compra da empresa americana,  documento este  preparado pelo então Diretor da área internacional da Petrobrás, que logo depois deixou esta função para ser director da Petrobrás Distribuidora, não teria aprovado este negócio, que mais se parece como uma grande  negociata na história da maior Estatal brasileira, que já chegou a ocupar a ser a 12a. posição no ranking das maiores empresas do mundo e simplesmente despencou para a 120a. posição.

Segundo noticiários recentes o loteamento da Petrábras durante os  governos Lula e Dilma, da mesma forma que outras Estatais e Ministérios tem causado perda de eficiência, de  competividade, má gestão e denúncias de corrupção. As perdas de valor de Mercado somente da Petrobrás e Eletrobrás  podem ser superiores a 100 bilhões de reais.

Há poucas semanas a Câmara Federal, em uma votação que contou com apoio de mais de cem deputados da base do Governo e mais de uma centena de opositores  impuseram uma grande derrota ao Governo Dilma ao aprovarem uma comissão externa para acompanhar as investigações sobre pagamento de propina, ou seja, CORRUPÇÃO,  em aluguel de plataformas pela PETROBRÁS, além da convocação da Presidente da Estatal e vários ministros para comparecerem  `a Câmara e prestarem  esclarecimentos sobre a gestão do Governo Dilma.

Com a prisão de um ex-diretor da PETROBRÁS por envolvimento com lavagem de dinheiro e outros delitos na operação lava-jato e a demissão do Diretor de  Petrobrás Distribuidora, o mesmo que quando diretor da Petrobrás  preparou a nota técnica mal feita  “induzindo”  a então Ministra-Chefe da Casa Civil `a  “decisão  equivocada”, o  clima politico está esquentando em Brasilia.

A oposição, com apoio de vários senadores e deputados, tenta criar uma CPI  mista para investigar mais a fundo a caixa preta que acabou virando a Petrobrás e na esteira poderá convocar ex-dirigentes da Estatal,  os atuais dirigentes, ministros e até mesmo a Presidente da República.

Há quem diga que a partir de agora Dilma começa a viver seu inferno astral que pode afetar profundamente o processo eleitoral com sua derrota ou outros que imaginam que a Presidente poderá até mesmo sofrer  impeachment. Enfim, parece que nuvens  pesadas e sinal de tempestade estão se formando em Brasília.

JUACY DA SILVA,  professor universitário, aposentado UFMT, mestre  em sociologia, articulista do Jornal A Gazeta,há mais de 19 anos e colaborador de outros veículos de comunicação Email professor.juacy@yahoo.com.br Blog www.professorjuacy.blogspot.com Twitter@profjuacy

OS PORÕES DA PETROBRÁS

JUACY DA SILVA

A cada dia a opinião pública e a população brasileira percebe que a Petrobrás virou mesmo uma grade arapuca, além de continuar sendo loteada entre partidos da base do Governo Lula/Dilma, agora percebe-se que por lá reina um verdadeiro compadrio, com privilégios e benesses aos donos do poder.

Quando a Petrobrás tem lucro o mesmo vai para o bolso dos seus donos, que nao e o povo, mas os que a dirigem por indicação política, mas quando dá prejuizo o mesmo é repassado ao povo através de preços extorsivos dos combustíveis e aporte de capital, dinheiro do tesouro, que na verdade é o dinheiro que o povo brasileiro paga de impostos.


E preciso abrir a caixa preta da Petrobrás para constatar o tamanho da podridão que por lá existe, sob o comando do Governo Dilma/Lula e seus aliados.
Por muito menos alguns corruptos do MENSALAO estão trancafiados nas Penitenciárias.

Com certeza os governistas no Congresso tudo farão para dificultar que a VERDADE venha a publico. CPI DA PETROBRAS, JA. Cadeia para governantes e gestores incompetents e corruptos. Parabens ao Estadão e outros veículos de comunicação que estão informando e esclarecendo os fotos que até então estavam sendo escondidos do povo brasileiro. É importante trazer ao conhecimento público esta lama que escorre nas e das entranhas deste governo !  

Comentário de Juacy da Silva, publicado no Estadao, 28/03/2014  sobre a Matéria Petrobrás deu convite VIP para genro de Dilma”, veiculada no Estadão em 28/03/2014

 

quarta-feira, 26 de março de 2014


CPI DA PETROBRÁS

JUACY DA SILVA

Encerrado, praticamente, o julgamento, a condenação e a prisão dos principais envolvidos no caso do MENSALÃO, que, pela primeira vez levou ao banco dos réus e depois `a cadeia, mesmo que seus cabeças tenham recebido penas brandas quando comparadas com os operadores do que, até então imaginava ser o maior escândalo de corrupção ocorrido durante o Governo Lula, parece que a sociedade brasileira está diante de mais um escândalo de má gestão na maior companhia estatal brasileira, a PETROBRÁS.

Quando estourou o escândalo do MENSALÃO, o então Presidente da República dizia que o mesmo não existia, que era obra de ficção política, que tudo não passava de intriga da oposição, alimentada por uma imprensa conservadora. Passados alguns dias ou semanas como as evidências apontavam para a realidade dos fatos, rapidamente  Lula demitiu o homem forte do Govero, verdadeiro primeiro-ministro e  em seu lugar colocou a então Ministra das Minas e Energia, a gestora  competente, durona e pouco dada `as lides do diálogo com parlamentares, Dilma Roussef.

Enquanto o Ministério Público lentamente investigava as denúncias do MENSALÃO, aos poucos o marketing do Palácio do Planalto e do PT  “blindavam” Lula para que nada respingasse na imagem do Presidente, que acabou sendo reeleito pouco depois. Ao mesmo tempo Lula já havia  escolhido sua sucessora,  no lugar que antes todos imaginavam seria ocupado por José Dirceu. Para tanto era importante construir uma nova imagem da que viria a ser a mãe do PAC, uma ministra menos carrancuda, aberta ao diálogo com parlamentares e caciques políticos, competente, meticulosa e com enorme capacidade de liderança e de chefia, qualidades importantes para o  exercício de seu próximo, naquela época ainda distante, cargo,que seria a Presidência da República.

Tudo ia dando certo, apontando para sua reeleição tranquila, mesmo que ao longa  caminhada tivessem ocorrido alguns sobressaltos  como as grandes manifestações de meados do ano passado, quando milhões de pessoas sairam as ruas para protestarem contra a corrupção, a baixa qualidade dos serviços públicos e o caos que reinava e continua reinando na segurança pública, na saúde, na educação e em vários setores da infra-estrutura como energia, logística e outras mais.

Bastou remexer um pouco no baú do tempo e o que parecia céu de brigadeiro no voo solo a caminho da reeleição, parece que começa a ocorrer uma grande turbulência no cenário politico brasileiro, muito semelhante quando do início do movimento que levou ao impeachment do então Presidente Collor.

Um negócio, aparentemente  rotineiro, realizado pela PETROBRÁS em 2006, ainda no primeiro Governo Lula, que contou com o aval pessoal da então ministra da Casa Civil, Dilma Roussef, acabou se transformando no estompim de uma provável crise politica com muitos desodobramentos.  O negócio, na  verdade aparenta ter sido uma das maiores negociatas já ocorridas na história da Petrobrás, acarretando um prejuizo de mais de um bilhão de dólares, tudo isso com o aval do Governo Lula e de seus representantes no Conselho da maior estatal brasileira, incluindo a atual Presidente da República.

A prisão recente de um ex-Direetor da PETROBRÁS pelo seu envolvimento com as  investigações da operação lava-jato, cujo esquema , conforme informações veiculadas pela imprensa podem ultrapassar a lavagem de mais de 10 bilhões de dólares, quase que ao mesmo tempo que a demissão de um Diretor da Petrobrás Distribuidora, que na condição de Diretor Internacional da PETROBRÁS  foi o responsável pela condução da negociata e do parecer aprovado pelo Conselho da Empresa e da Ministra Dilma,  deixa dúvidas sobre inúmeros aspectos desta desastrada operação.

Se a própria presidente disse em nota publicada há poucos dias que seu voto foi baseado em um resumo técnico falho e incompleto, apesar de que esta sua versão acabou sendo contestada por antigos dirigentes da Estatal, cabe ao Congresso Nacional, em nome do povo brasileiro  e não como  instância política  subordinada ao Executivo, com competência, independência e altivez, investigar tais fatos e outros mais que possam restabelecer a transparência sobre os negógicios conduzidos por gestores públicos, pouco importa o escalão administrativo.

Afinal, todos os governantes devem  estar sob  o império da Lei, da ética , da transparência, da competêcia e da responsabilidade, inclusive Dirigentes de Estatais, Ministros e até mesmo  o ou  a Presidente  da República. O momento é este, CPI da Petrobrás, já!

JUACY DA SILVA, professor universitário , aposentado UFMT, mestre em   sociologia. Email  professor.juacy@yahoo.com.br Blog www.professorjuacy.blogspot.com  Twitter@profjuacy