quarta-feira, 24 de junho de 2015


PODEROSOS NA CORDA BAMBA

JUACY DA SILVA

Parafraseando jargão usado frequentemente pelo ex-presidente Lula, “nunca antes na história deste pais….”, tantos políticos, gestores públicos  e empresários estiveram envolvidos em corrupção e práticas criminosas.

Os dois  casos, até que outros mais escabrosos  apareçam  e sejam  denunciados pela mídia  e “investigados” pelos poderes competentes ou incompetentes, o MENSALÃO   e atualmente o PETROLÃO – LAVA JATO, já estão passando para a história do Brasil  como as duas maiores roubalheiras de dinheiro público de que se tem notícia.

Presidentes, diretores  e expoentes  das maiores empreiteiras do país  estão  trancafiados na prisão, por ordem judicial  emanada por um Juiz corajoso,  que tem espinha dorsal ereta e não se curva `as  ameacas  ou outras formas de intimidação.  O Brasil muito deve a juizes e magistrados das cortes superiores, onde as figuras do ex-Presidente do   STF Joaquim Barbosa  e o Juiz Federal Sérgio Moro, que não titubearam  e não titubeiam em decretar  prisões de tubarões do mundo empresarial e da política, acabando com a imagem de que corruptos poderosos  estão acima do bem e do mal  e que são mais iguais do que os simples mortais e jamais iriam ser incomodados pelas práticas de crimes de colarinho branco.

O interessante  em tudo isso  e que as investigações devem ir mais a fundo e o envolvimentos dessas quadrilhas com o financiamento público  de campanha, como doações “lícitas”  ou que serviram para o caixa dois de vários  partidos , inclusive as suspeitas que ainda pairam  sobre o financiamento dessas empreiteiras para  as campanhas  do PT,  de Dilma  e de outros candidatos, inclusive da oposição.

Outro  aspecto nebuloso nessas investigações  é a aproximação  de alguns empresários poderosos  com o ex-presidente Lula, principalmente algumas grandes empreeiteiras que realizaram  obras bilionárias em Cuba, países Africanos e outros mais, com financiamento do BNDES, mas  cujos empréstimos  estão acobertados pelo manto do sigilo,  como operações  secretas, que a Presidente Dilma vetou a  transparência.  Nem mesmo o TCU,a Câmara  Federal   ou o Senado conseguem  acesso aos  detalhes desses contratos e operações  financeiras.

Mais  um ponto nebuloso  foi  a doação de alguns milhões de reais por parte de uma empreiteira para o Instituto Lula, a titulo de bonus  de campanha ou por serviços (palestras) prestados pelo ex- Presidente  a tal empreiteira.  Por iniciativa da CPI  da Petrobrás, apesar da oposição  ferrenha por parte do PT,  o presidente do Insittuto Lula – Paulo Okamoto,  deverá  prestar depoimento naquela CPI, mas  o mesmo ainda poderá contar com alguma medida judicial que o  favoreça e possa  ficar calado  na CPI, para  frustração dos congressistas e vergonha do povo brasileiro.

Apesar  da Lei proibir que empresas  envolvidas em corrupção possa  participar  de licitações  do Poder Público,  existe no  Congresso Nacional um grande “lobby”  de parlamentares que, a título de salvar os empregos de  trabalhadores, caso essas empresas que corromperam  e se deixaram corromper fiquem  for a  de licitações,  estão tentando defender o indefensável, ou seja,  empresas,  empresários, políticos e gestores públicos que se envolvam com práticas  de corrupção devem  sofrer  as penalidades que a Lei prescreve. Falência e cadeia.

Finalmente, diante de um quadro vergonhoso  como  este, o  resultado politico  está  sendo colhido pela Presdente Dilma,  cujos índices de avaliação negativa,  ruim e péssimo,  chegaram ao fundo do poço. Nada menos do que 65%  da ppulação  reprova  seu  governo. De  forma semelhante Lula e o PT  também estão sendo avaliados negativamente  a cada pesquisa de opinião pública.

Enquanto a operação Lava-Jato    esta na 14a.  etapa e já  colocou dezenas  de corruptos na cadeia  ou com  tornozeleiras eletrônicas, a lista de políticos denunciados pelo Procurador Geral da República, a lista de Janot  continua em banho maria, sob o manto do famoso “foro privilegiado”  e outras  regalias que apenas favorecem esses poderosos.

Até quando  esta situação vai perdurar? A propósito, na China um ex-ministro que detinha muitos poderes  recentemente  foi condenado a prisão perpétua e trabalhos forçados por práticas de corrupção! Fica a observação

JUACY  DA SILVA,  professor universitário, titular e aposentado UFMT, mestre  em sociologia. Articulista de A Gazeta  Email professor.juacy@yahoo.com.br Blog www.professorjuacy.blogspot.com  Twitter@profjuacy

quinta-feira, 18 de junho de 2015


POR UMA NOVA AGENDA VERDE
PARA MATO GROSSO

JUACY  DA SILVA

Mato Grosso passa  por  um momento decisivo em  sua história. Rico em recursos naturais  como vastas áreas agricultáveis, abundância de água, três  ecossistemas exuberantes: Pantanal, Cerrado e Mata Amazônica, nas últimas quatro décadas passou a ser considerado o celeiro do Brasil e do mundo.

No entanto, apesar  de ser campeão  na produção de algumas monoculturas como soja, milho,, algodão e também pelo seu rebanho bovindo com mais de 21 milhões de cabeças, ainda padece de alguns ascpetos negativos como uma grande  concentração de renda  e um passivo ambiental que trarão  sérios transtornos para uma  grande parcela  da população que ainda não  está incluida neste processo.

Convivem  em Mato Grosso duas sociedades, uma extremamente  rica, cosmopolita,  representada fundamentalmente pelos barões do agronegócio  e uma outra empobrecida que vive de salário mínimo  e que faz parte da clientela  do bolsa  família e dos cuidados do SUS,  um Sistema universal de fachada representado pelo CAOS  permanente na saúde.

Diante  dessas  mazelas,  algumas medidas  devem  se tomadas para possibilitar que os frutos desse  crescimento econômico  seja  revertido um pouco mais na distribuição de renda, na equidade e no bem  estar mais amplo para a população e não apenas  como um privilégio da minoria de portentados.

Tais  ações  tanto nos  campos econômico  quanto social e ambiental devem ser conduzidos pelo Estado  em parceria  com os municípios, com o empresariado, principalmente os do agronegócio  e com outros setores incluindo as Universidades, Centros de Pesquisas, orgãos  de fiscalização e controle, organismos federais e entidades  da sociedade civil organizada.

E muito melhor e mais  racional dividir os anéis hoje do que perder tudo, inclusive a propriedade e a vida amanhã,  como  está  acontecendo em diversas partes do mundo conflagradas  por lutas  fratricidas  entre os que tudo tem e os que nada tem a perder.

Nesta  oportunidade apressentamos ao público leitor algumas idéias  que devem  nortear a definição de uma nova agenda ambiental ou agenda verde para   nortear o planejamento estratégico e o desenvolvimento de nosso Estado, de uma forma mais justa, integrada e inclusiva.

O que precisamos tanto no Brasil quanto em todos os estados e municípios é o resgate do planejamento estratégico, com visão de longo prazo, para superar a descontinuidade  e a visão  imediatista que existe  em nossa política. Geralmente a  chamada classe  política, que  na maioria  das vezes se confunde com a chamada classe  empresarial,  tem uma visão limitada no tempo, ou seja, mal toma posse  os eleitos e  os gestores públicos que fazem parte  da “nova gestão”,    começam  a pensar e articular suas ações visando as próximas eleições.

Até  mesmo aqueles partidos e políticos  que são  reeleitos, como foi o caso recete da Presidente Dilma, não conseguem dar continuidade `as suas ações  e a cada momento ocupam os espaços  da mídia para “lançar”  novos planos, pacotes, muitos dos quais tem apenas uma finalidade de propaganda e “marketing”  do que propriamente uma visão integrada  e de longo prazo; ou seja, nossos  governantes não conseguem pensar de forma  estratégica mirando nos destinos do país, do estado ou do  município.  Quando muito pensam nas próximas eleições e na sua própia sobrevivência política ou de seu grupo ou partido.

A  seguir apresentamos algumas  sugestões que poderiam nortear a elaboração de um  plano  estratégico de desenvolvimento sustentável, com uma visão  de longo prazo, até 2035, econômicamente factível,  socialmente justo, ambientalmente sustentável  e políticamente correto.

ASPECTOS  FUNDAMENTAIS  A SEREM CONSIDERADOS NA ELABORAÇÃO DE PLANOS E  DESENVOLVIDOS ATRAVÉS  DE MEDIDAS LEGAIS E AÇÕES DE GOVERNO E DA SOCIEDADE CIVIL ORGANIZADA .

1. Controle,  redução e proibição do uso de agrotóxicos e medidas reparadoras/mitigadoras para  os danos já provocados pelo uso excessivo  de agrotóxicos nas atividades agro—pecuárias em Mato Grosso.

2. Proteção  e  recuperação de nascentes e matas ciliares degradadas no Estado ,  garantindo  também as APPs  áreas de preservação  permanente e das APAs – áreas de proteção  ambiental, incluindo  parques nacionais,  estaduais  e municipais, áreas indígenas  e sítios arqueológicos.

3.  Proteção  das nascentes formadoras  das bacías amazônica e do paraguai; despoluição  dos rios, ribeirões e córregos  de Mato Grosso, principalmente nas áreas  urbanas

4. Investir  em  um programa  massivo de saneamento básico,  construção de redes de coleta  e  estações de tratamento de  esgoto em  todos os municípios.

5. Incentivo  ao  desenvolvimento e uso de fontes alternativas de energia: Solar, eólica , biomassa  e lixo.

6. Estímulos e  implantação  de um programa estadual de agricultura orgânica,  inclusive nas áreas  urbanas  e periurbanas  (entorno das cidades), possibilitando a segurança alimentar  e a geração  de emprego e renda para agricultores familiares tendo como  base a  economia solidária.

7. Recuperação  de áreas  degradadas, através  do reflorestamento e  outras atividades  econômicas,  reduzindo os riscos ambientais.

8.  Combate  mais  efetivo e sistemático ao  desmatamento e `as queimadas rurais e urbanas,  reduzindo a poluiçãao ambiental.

9. Estímulo  ao desenvolvimento do reflorestamento - florestas  plantadas, reduzindo o desmatamento e criando oportunidades econômicas, gerando emprego e renda.

10. Fortalecimento da piscicultura  em cativeiro, reduzindo a pesca predatória e  a pressão  da demanda sobre peixes  dos rios  

11. Programa  de desenvolvimento  de cidades sustentáveis com práticas modernas e mais eficientes ambientalmente.

12. Fortalecimento dos  Comitês  de Bacias  e  sub-bacias como unidades de planejamento estratégico no Estado de Mato Grosso.

13.  Apoio  `a elaboração , implantação  e monitoramento de Planos Diretores Municipais  e Plano Diretor da Região Metropolitana  da Região do Vale do Rio Cuiabá.

14. Apoio para  que os municípios  possam  elaborar e implementar  planos setoriais de resíduos  sólidos , coleta e tratamento de  lixo industrial, hospitalar e tecnológico;

15. Apoio para que os municípios possam  implantar a coleta  seletiva e reciclagem, reduzindo o volume  de lixo doméstico e  a  degradação ambiental, principalmente nas maiores cidades do Estado.

16 Constituição de uma Equipe  multidisciplinar, intersetorial e inter institucional, para articular as ações relativas `as Metas do Milênio, PÓS  2015, em consonância  com a programação  da ONU e suas agências  de  desenvolvimento econômico e social sustentáveis. (Ver  documento da ONU  “Um   milhão de vozes: Qual o mundo, o País, o  Estado e Município que queremos para os próximos  20 anos?”

Se não  cuidarmos  bem do meio ambiente agora, muitas  gerações  futuras  pagarão uma enorme  conta  deste passivo ambiental. Isto não é justo e nem ético! Os  lucros  exorbitantes de hoje que são apropriados por uma minoria  serão os prejuizos que toda a sociedade  terá que pagar por anos e décadas no futuro,  com juros absurdos.  Isto é  chamado de “passivo ambiental”

Cuiabá, 18 de Junho de 2015

JUACY  DA SILVA,  professor  universitário,  titular e aposentado UFMT,  mestre  em Sociologia. Articulista de A Gazeta  e de diversos Sites  e Blogs de MT  e outros Estados.  Email  professor.juacy@yahoo.com.br Twitter@profjuacy Blog www.professorjuacy.blogspot.com

quarta-feira, 17 de junho de 2015


EDUCAÇAO: A VERGONHA CONTINUA

JUACY  DA SILVA

Professores  e servidores  da educação pública do Paraná, São Paulo e Goiás, apenas para mencionar alguns estados, durante várias semanas ou meses estiveram ou continuam  em  greve. Em Mato Grosso  também os docentes  estão em estado de greve. Da mesma  forma professores de todas as universidades federais iniciaram há poucos dias  uma greve nacional por prazo identerminado.

Em todos esses  estados  as reivindicações  são, praticamente as mesmas, sucateamento da  educação,  baixos salários,  falta  de condições de trabalho, falta  de perspectivas,  desencanto, enfim, falta  de esperança quanto ao futuro. Este quadro parece  estar bem distante  do slogan do Governo Dilma “Pátria Educadora”, mais uma bela mentira do marketing oficial.

Anualmente  diversas organismos  internacionais como UNESCO,  Centros  de Pesquisas de universidades  espalhadas pelo mundo  e  também  a  OECD – Organização para a cooperação dos  países  da União Européia, realizam  vários estudos comparativos quanto ao progresso  da educação entre os princiais países  e divulam seus relatórios e um ranking mundial onde a educação é  a base dessa  classificação.

No ultimo  relatório da OECD, trazido a público no  mes  de maio passado,  entre  76 países o Brasil ocupava  a 60a. posição, ou 79a. posição, em termos  percentuais. No ultimo relatório apresentado pela empresa  de consultoria PIERSON, ligada ao grupo The Financial Times, um dos maiores grupos  jornalisticos da Inglaterra e do mundo , em parceria com a Consultoria Economist Intelligence Unit, braço de pesquiasas da Revista The Econnomist, tornado público  em 2014, referente a  dados de 2012 e 2013, entre os 40 países que  tem as maiores economias do mundo, o Brasil ocupava a 38a. posição no ranking, perdendo apenas para o México  e  a Indonésia.

Resultados semelhantes tem sido observados nos últimos quatro ou cinco relatórios do PISA,no  decorrer  de uma década,  que testa  o conhecimento de alunos no final do ensino médio em matemática, ciências  e línguas, onde o Brasil  sempre tem ficado entre os países cujos estudantes  temob tido os piores resultados.

O relatório da OECD  usa nove indicadores para analisar o desempenho dos países e  a partir dos  resultados  elabora  o ranking que demonstra a posição de cada país.  Esses  indicadores são  os seguintes: a) nível  da  escolaridade geral da população adulta, medido  em número  de anos  que  a  população entre 25  e 64 frequentou escola; b) percentual da população em idade apropriada que se espera deverá concluir o ensino médio; c) idem  quanto ao ensino superior;  d) qual a influência que a  educação dos pais  tem no desempenho da  educação dos filhos; e) qual a influência  da educação no mercado de trabalho , na qualificação para o trabalho e no rendimento do trabalho; f) quais  os incentivos que as pessoas e famílias tem para a educação dos  filhos; g) quais  as  consequências da educação na vida das pessoas e no desenvolvimento econômico e social do país; h) qual a  relação  entre desempenho e equidade em educação.

Enfim, em todos esses estudos a educação é considerada o setor de maior importância estratégica para o bem estar das pessoas e também  para o desenvolvimento do país.  Vários exemplos podem ser considerados neste  tipo de análise, onde todas as conclusões apontam para resultados positivos em todos os países que investiram prioritáriamente em educação, e que nesses   países, graças aos investimentos  e a melhoria  da qualidade da educação  foi possivel uma verdadeira revolução nas áreas  da ciência  e tecnologia, qualidada da mão-de-obra e transformações profundas nas  estruturas econômica  e social do país.

Alguns desses exemplos são o Japão,  a Alemanha, os Estados  Unidos, a Coréia  do Sul  e de outros “tigres asiáicos”  como Tailândia, Cingapura, Taiwan, Hong Kong,  a  própria China  e a Índia.  Vários desses  países  em meados do século passado tinham taxas  de analfabetismo iguais ou piores do que o Brasil.  Atualmente pontuam no topo  de todos os rankings mundiais  enquanto nosso país,  apesar  de ser  a sétima ou próximamente  a oitava economia  do mundo, continua patinando nos  últimos lugares em  educação. Será  esta  realmente a nossa Pátria Educadora?

Pior em tudo isso é percebermos que nossos govenantes não sentem vergonha do que estão  fazendo com a educação  brasileira, destruindo as esperanças do povo e o futuro do país! Até quando? Só Deus sabe.

JUACY DA SILVA,  professor universitário, fundador, titular e  aposentado UFMT, mestre  em sociologia. Articulista de A Gazeta. Email  professor.juacy@yahoo.com.br  Blog www.professorjuacy.blogspot.com Twitter@profjuacy

MEIO AMBIENTE E SAÚDE

JUACY DA SILVA

No ultimo  dia 05  deste  mês  de junho foi comemorado  em todos os países o DIA MUNDIAL  DO MEIO AMBIENTE, instituído pela ONU durante a primeira conferência do meio  ambiente  realizada em  Estocolomo na Suécia,em 1972.  Portanto, lá se vão 43  anos desde que o mundo acordou para este  desafio que é cuidar melhor do meio ambiente e preservar  a vida  no planeta.

O tema  deste ano para comemorr o DIA MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE  é: “ Sete bilhões de sonhos, um planeta:consuma  com cuidado”. Este  tema chama  a atenção  para os limites de crescimento, de um lado o aumento populacional mundial, hoje somos sete bilhões  e dentro em  breve seremos nove bilhões de pessoas e de outro  os  riscos da degradação ambiental.  O problema não  está apenas em relação `a  pressão que a população exerce sobre os ecossistemas em termos de produção de alimentos, de energia, de matérias primas, de água e do solo, mas principalmente o que isto significa para o futuro da humanidade.

Para efeito de reflexão e das ações que devem ser realizadas pelos  governos de todos os países  e em  todos os níveis de poder em cada país e  também pela populaçao, mas  também  na questão do desperdício que o consumismo esta estimulando. O tema é desdobrado em  quatro dimensões: água,  energia, uso do solo e o consumo acelerado de bens e serviços que acabam representando uma pressão muito grande sobre o meio ambiente.  Para alimentar  uma  população de bilhões de pessoas os sistemas econômicos gastam água, solo e  energia, que são  fatores  escassos  e acabam também sendo degradados  com a erosão, o assoreamento dos rios  e lagos, o  desmatamento continua acelerado em vários países e essa dinâmica econômica, em busca de um lucro a qualquer preço deixa  um rastro de destruição ou o que é modernamente chamado de passivo ambiental.

Pior em tudo isto é perceber de um lado o consumismo que leva a um desperdício de alimentos, cujo custo mundial é superior a 750 bilhões de dólares por ano.  . Mas o desperdício de alimentos também representa o  desperdício de água, de solo  e de energia que foram usados para a sua produção.

Estamos  em pleno período da realização das conferências  municipais de saúde, quando a população de todos os municípios do Brasil está discutindo a situação e os rumos da saúde pública em nosso país. Qual o tamanho do CAOS  em que se encontra a saúde e quais os rumos que devem ser tomados para que este direito constitutional possa  deixar de ser letra morta em nossa Carta Magna  para se transformar  em uma realidade concreta do dia-a-dia das pessoas?

Boa parte das doenças que  a população enfrenta têm suas origens na  degradação ambiental.  As queimadas urbanas e rurais,  os sistemas de produção agrícola assentado sobre o uso exagerado de agrotóxicos, onde o Brasil é o segundo maior consumidor mundial,  a  falta  de saneamento básico, os lixões, os esgotos escorrendo a céu aberto, tudo isso  afeta a saúde da população, principalmente  das camadas mais empobrecidas do país.

O SUS gasta anualmente  mais de 400 milhões de reais  para  tatrar  pessoas que são internadas em decorrência de diarréias,  além de muitos outros  milhões com doenças  respiratórias e  outras mais  decorrentes da falta de cuidado com o meio ambiente.  Costuma-se  dizer que para cada real investido em saneamento e cuidados  ambientais poderiam ser economizados quatro reais no tratamento de doenças. Saneamento,  neste  sentido, também  é saúde.

Mais  de 61% da população  brasileira, ou seja, 124  milhões de habitantes não  tem   tratamento de esgoto.  Na  região norte esta é a  realidade  de 83,4%  da população; no Nordeste 76%; no Sudeste 61,;  na região Sul 68%e no Centro Oeste 55,1%.  Ou seja, milhões de brasileiros  convivem  com valões, córregos, rios e oceanos estão morrendo devido `a falta de saneamento.  Na  verdade  são  grandes esgotos a céu aberto, onde animais, lixo e toda  sorte de dejetos produzem mal cheiro e riscos para a saúde da população.

Em  nosso maior  aglomerado urbano de Mato Grosso, por exemplo, Cuiabá  tem  apenas 39,9%  de esgotos tratados e Várzea Grande 21%  e  a média no restante do Estado é de menos de 20%.  Neste  aglomerado que tem pouco mais de 820 mil habitantes 66% da população não é servida por tratamento de esgoto, são aproximadamente  540 mil habitantes, convivendo com uma das formas de degradação ambiental.

A pergunta  que se faz, isto é correto,  é dígno? Qual a qualidade de vida dessas pessoas? Qual a saúde que tem? Qual o futuro que nos  espera? Com a palavra  nossos  representantes eleitos, nossos gestores públicos, enfim,  nossos governantes que continuam  insensíveis a  este drama que afeta  dezenas de milhões de brasileiros/as.

JUACY DA SILVA, professor universitário, titular e aposentado UFMT,  mestre  em sociologia, articulista  de A Gazeta.  Email  professor.juacy@yahoo.com.br Blog www.professorjuacy.blogspot.com Twitter@profjuacy

quinta-feira, 4 de junho de 2015


SITUAÇÃO DAS CALÇADAS EM NOSSAS CIDADES
JUACY DA  SILVA

AMIG@S,  BOM  DIA, OTIMA QUINTA FEIRA  E FERIADÃO, QUE VOCES  E SUAS FAMÍLIAS  ESTEJAM  BEM, COM SAÚDE,  EM  PAZ, GOZANDO DE MERECIDAS TRANQUILIDADE, SEGURANÇA E QUE DIAS MELHORES POSSAM VIR.

GOSTARIA DE  SUGERIR A LEITURA  DE UM ARTIGO QUE ESCREVI ONTEM, INTITULADO “OS MUNICÍPIOS E A ACESSIBILIDADE” ABORDANDO UMA  QUESTÃOQUE AFETA MAIS  DE 60 MILHÕES DE PESSOAS EM NOSSO PAÍS, SENDO QUE DESSAS,  49 MILHÕES  SOFREM ALGUM TIPO DE DEFICIÊNCIA E O RESTANTE, MESMO NÃO SENDO DEFICIENTES,  ACABAM  TAMBÉM SENDO AFETADAS PELO DESCASO DE NOSSAS AUTORIDADES, PRINCIPALMENTE  MUNICIPAIS,  QUANTO AO DIREITO E A LIBERDADE DE IR E VIR, CONSAGRADOS EM NOSSA CONSTITUIÇÃO  E INÚMERAS OUTRAS  LEIS, DECRETOS-LEIS, NORMAS DA ABNT E ATÉ MESMO CONVENÇÃO DA ONU, RATIFICADA PELO CONGRESSO NACIONAL E SANCIONADA PELO GOVERNO BRASILEIRO.

REFIRO-SE  `AS PÉSSIMAS CONDIÇÕES DE NOSSAS  CALÇADAS, QUANDO  EXISTEM, POIS A MAIORIA DAS RUAS NEM CALÇADAS POSSUEM,  APRESENTAM TODA SORTE DE OBSTÁCULOS, INCLUINDO BURACOS, LIXO, DEGRAUS, VEÍCULOS  ESTACIONADOS, CAÇAMBAS  ETC, OBRIGANDO OS PEDESTRES,  INCLUINDO DEFICIENTES, A TEREM QUE DIVIDIR O  ESPAÇO  DAS RUAS  COM CARROS, MOTOS E VERDADEIROS ASSASSINOS AO VOLANTE, QUE TAMBÉM  NÃO RESPEITAM OS SINAIS DE TRÂNSITO, FAIXAS DE PEDESTRES (QUANDO EXISTEM, POIS A MAIORIA DAS RUAS  DE NOSSAS CIDADES  NAO TEM TAIS FAIXAS).

PARA  LEREM  O ARTIGO  E DEPOIS COMPARTILHAR O MESMO, SUGIRO ACESSAR  O BLOG   www.professorjuacy.blogspot.com  SE  VOCE,  GOSTAR DO ARTIGO COMPARTILHE  TANTO ESTA MSG  QUANDO O BLOG E ARTIGO.

PARA  MUDARMOS  ESTA  REALIDADE  VERGONHOSA É  IMPORTANTE QUE DEMONNSTREMOS NOSSA INDIGNAÇÃO EM  RELAÇÃO AO  DESCASO DE NOSSOS  GOVERNANTES E  GESTORES PÚBLICOS. 

PERGUNTE  AOS  VEREADORES, PREFEITO/A E GESTORES DE SUA CIDADE O QUE ELES/ELAS   ESTÃO  FAZENDO PARA QUE O DIREITO E LIBERDADE DE IR E VIR  SEJAM RESPEITADOS  E CUMPRIDOS? COBRE, NÃO SE CALE, NÃO SE OMITA, É SEU DIREITO, AFINAL PAGAMOS TANTOS IMPOSTOS PARA QUE?

ABS  E FIQUEM COM DEUS E QUE ELE SE APIEDE DO POVO BRASILEIRO, QUE TANTO SOFRE PELA INCÚRIA DOS GOVERNANTES  E PELA IMPUNIDADE REINANTE EM NOSSO PAÍS!