quinta-feira, 27 de setembro de 2018


O AVANÇO DA DIREITA NO BRASIL

JUACY DA SILVA

Estamos `as vésperadas da tão aclamada “maior festa da democracia”, quando depositamos muitas esperanças nas eleições de 07 e 28 de Outubro próximo, quando mais de 147 milhões de eleitores, talvez bem menos, devido `as abstenções, votos brancos/nulos, irão eleger o novo Presidente da República, Governadores de Estados, dois terços dos Senadores, todos os Deputados Federais e Estaduais, enfim, a nova configuração dos donos do poder e dos marajás da República.

As eleições de 2018 devem marcar e já estão marcando uma nova configuração politica, muito diferente do que foram as eleições de 2002; 2006; 2010 e 2014, quando o embate foi sempre entre a social democracia (PSDB) e seus aliados do centro e da direita, contra o PT e seus aliados de centro-esquerda, trabalhismo e esquerda, propriamente dita.

Em 2018, desde antes da condenação e Prisão de Lula, ou mais precisamente, quando o PMDB rompeu com o governo de coalização de Dilma Roussef e contribuiu decisivamente para seu impeachment, possibilitando a chegada de Michel Temer ao Planlto, o outrora todo poderoso dono do PMDB, hoje MDB, cujo governo, aos olhos do povo tem sido muito pior do que de sua antiga aliada e antcessora tanto em termos de corrupção quanto da mediocridade de gestão, principalmente nos aspectos macro econômicos. A prova disso é que o candidato do MDB a presidente da República, banqueiro Henrique Meirelles, que deixou um mandato de deputado federal eleito pelo PSDB de Goiás, para  ser o todo poderoso Presidente do Banco Central durante 8 anos do Governo Lula, o mesmo governo que tantos partidos de centro, direita e trabalhistas mamaram e hoje execram de forma desavergonhada, não passa de 2% ou 3% nas pesquisas eleitorais.

Devido ao rompimento da aliança PT/PMDB e o impeachment de Dilma, abriu-se um espaço para que na recomposição do novo Governo, o PSDB voltasse a participar do poder com a indicação de diversos ministros e outros cargos, ou seja, a mesma aliança que sustentou o famigerado governo FHC, PSDB/PMDB  e outros partidos satélites do centro e da direita, acabaram se corporificando no governo fraco e desacreditado de Temer, levando de roldão, ladeira abaixo tanto o PSDB quanto MDB, DEM, PP, PR e outros aliados do governo.

Não é sem razao que a candidatura de Geraldo Alkmin, que já governou por tres vezes o Estado de São Paulo, que tem o maior peso politico, eleitoral e econômico do Brasil, onde os tucanos reinam há quase 30 anos; tem tido um desempenho ridículo, pífio nas pesquisas, inclusive em seu proprio estado. Os eleitores do PSDB, do PMDB, DEM e outros partidos de centro simplesmente “migraram” para o candidato de extrema direita Bolsonaro, que é líder das pesquisas e que, se Alkmin não crescer e retomar seus eleitores do passado,  jamais chegará ao segundo turno, podendo pendurar a chuteira definitivamente.

O avanço da direita só não tem sido maior devido as declarações estapafúrdias, autoritárias e preconceituosas de Bolsonaro, o que poderiam ser denominadas de “direita chulcra”, ou burra, por não conseguir polir com um certo verniz propostas tresloucadas; razão pela qual nas últimas semanas o crescimento dos índices de rejeição do candidato da extrema direita tem sido maiores do que seus índices de preferência  entre os eleitores.

Enquanto isso, o candidato do PT, que tem o apoio declarado de LULA, que mesmo preso e impedido de se comunicar pessoalmente com os eleitores é o maior cabo eleitoral de Fernando Hadad, que tem crescido de forma avassaladora no Nordeste e também de forma consistente em todas as demais regiões, todos os estratos sociais e demográficos, razão pela qual passou a ser alvo de ataques ferozes tanto por parte de Bolsonaro, quanto de Alkimin, Ciro Gomes e até da combalida Marina Silva.

Com a desindratação e esvaziamento da candidatura de Marina Silva, que há quatro anos quase chegou ao segundo turno, só cedendo este lugar a Aécio Neves na última semana que antecedeu o pleito de 2014, deve terminar a corrida eleitoral talvez com menos de 5%, o mesmo que poderá acontecer com Ciro Gomes, que no periodo de pré-campanha cortejou Lula na vã esperança de herdar seu espólio, que acabou ficando mesmo com Fernando Hadad.

O que a última pesquisa do IBOPE desta semana (24/09/2018) indica é que Bolsonaro está empacado há tres semanas, Hadad cresce aceleradamente nesta reta final,  Ciro Gomes e Alkimin continuam patinando; Marina Silva já foi para o Espaço, só ela não percebe e os demais candidatos continuam na categoria de azarões, mas nanicos. Todos esses deverão aproveitar o balcão de negócio eleitoral e “vendererm” o apoio para os candidatos que chegarem ao segundo turno. Cabe a pergunta, será que esses candidatos tem domínio ou propriedade sobre as escolhas de seus eleitores do primeiro turno?

Em 2014, Marina Silva, antes uma petista de primeira grandeza  não titubeou em apoiar Aécio e hoje recebe o troco de seus eleitores que consideraram que aquele apoio foi mais uma vingança ou traição `as suas origens.

Assim, o embate nessas eleições, principalmente ou talvez exclusivamente para Presidente da República, deverá ficar entre esquerda x direita, com os dois lados afirmando piamente que serão vitoriosos. Como a escolha é excludente, resta apenas aguardar os resultados das urnas e ver para que lado os ventos da democracia irão soprar, se para a esquerda ou pra a direita e a partir daí qual o futuro que nos espera.

Em minha modesta opinião, pela gravidade e complexidade da crise brasileira, em todas as suas dimensões, nenhum SALVADOR DA PÁTRIA, vai tirar o Brasil desta enrascada e dependendo do estado de ânimo, da radicalização politica e ideológica, poderemos inicar em 2019 uma nova etapa, talvez com extrrema violência, inclusive violência politica ou até mesmo um golpe de estado, com sérias e nefastas consequências para nosso país e para a população. Quem viver verá.

JUACY DA SILVA, professor universitário, aposentado UFMT, mestre em sociologia, articulista e colaborador de diversos veiculos de comunicação. Email professor.juacy@yahoo.com.br Twitter@profjuacy  Blog www.professorjuacy.blogspot.com


segunda-feira, 24 de setembro de 2018


COMO NASCEM AS DITADURAS E OS REGIMES TOTALITÁRIOS

JUACY DA SILVA

Mais uma reflexão sobre o que acontecia na Europa nos anos trinta do século passado, no alvorecer do nazi-facismo, quando Hitler e Mussolini faziam dos discursos de ódio, do preconceito, do anti-semitismo, do racismo, da intolerância, da nacionalismo e da VIOLÊNCIA POLÍTICA, primeiro nas palavras, depois nas ações.

Os resultados todos sabemos, mais de 30 milhões de pessoas mortas, a destruição de um continente, os horrores da Guerra, os campos de concentração e a omissão de quem poderia ter barrado o avanço dessas idéias tresloucadas, que, apesar de tudo isso, ainda hoje tem seus seguidores mundo afora, inclusive no Brasil.

O importante tambem é lembrar que Hitler chegou ao poder na esteira do caos economico na Alemanha e através de eleições, consideradas então livres, mas conduzidas no calor das emoções e bem longe da razao, ou seja, apesar de louco Hitler foi escolhido pelo povo. Isto pode ser objeto de nossa reflexão a cada momento sobre as “excelências” da democracia e dos processos eleitorias, nem sempre a gente imagina o que os eleitos podem fazer depois de vitoriosos.

As vezes estamos mais preocupados e mais maravilhados com a tecnologia empregada nas eleicoes do que com os fundamentos de nossas escolhas ao apertarmos o botãozinho das famosas urnas eletrônicas ou máquinas de votar. Estamos trocando o fundamento pela forma.

No caso da Alemanha, o interessante é que tudo aquilo era camuflado em idéias e ideais nobres como defesa da Pátria, da Família, da Religião, do mercado e tantos outros ideais que eram caros e importantes para os europeus, mas que apenas escondiam uma agenda occulta de totalitarismo, xenofobismo, racismo, intransigência e ódio. Isto é a base do que passou a ser denominado de extrema direita, que também tem um verniz de socialismo, dai o nome do partido de Hitler NACIONAL SOCIALISMO.

Aqui na América do Sul também estamos assistindo os resultados desta forma de alcançar o poder, com o CORONEL DO EXÉRCITO HUGO CHAVES, que assumiu o Governo na Venezuela como o SALVADOR DA PÁTRIA, mudou a Constituição várias vezes e deixou como herança ao morrer o seu pupilo NICOLÁS MADURO que continuou sua obra de destruição do país, chegando ao  nível que hoje bem conhecemos.

Sempre é bom lembrarmos que nunca é tarde para interromper a marcha de pessoas com idéias tresloucadas, extremadas de intolerância, preconceitos, racismo, xenofobismo. Os resultados com certeza podem ser a destruição da democracia, das liberdades individcuais e coletivas e o aumento da violência de toda ordem, principalmente da VIOLÊ NCIA POLÍTICA, na forma de VIOLÊNCIA DO ESTADO, com métodos e práticas que bem conhecemos.

Sempre é bom ouvirmos os candidatos, suas idéias, seus discursos, como tratam as mulheres, os negros, os desempregados, as minorias, as mães solteiras, os idosos, os deficientes, os trabalhadores, os empresários, as religiões e tantas outras questões que afligem o povo brasileiro, como a corrupção, a violência, o Estado, a democracia, os privilegios dass elites e marajás da República, as desigualdades sociais e econômicas, as questões ambientais, afinal, em cada eleição estamos passando uma procuração para alguém nos representar ao chegarem ao poder e nos defender, e este ato não pode ser simplesmente uma “procuração em branco”, com todos os poderes que no futuro podem se voltar contra a democracia e o próprio povo.

Esta reflexão escrita há quase 90 anos para descrever o que acontecia na Europa, também pode ser bem atual para o Brasil `as vesperas das Eleições de 07 de Outubro proximo. Primeiro levaram os negros, mas não me importei com isso, eu não era negro. Em seguida levaram alguns operários, mas não me importei com isso, eu também não era operário Depois prenderam os miseráveis, mas não me importei com isso porque eu não sou miserável Depois agarraram uns desempregados, mas como tenho meu emprego, também não me importei Agora estão me levando, mas já é tarde.

JUACY DA SILVA, professor universitario, aposentado UFMT, mestre em sociologia, articulista e colaborador de diversos veiculos de comunicacao. Email professor.juacy@yahoo.com.br Blog www.professorjuacy.blogspot.com twitter@profjuacy

quarta-feira, 19 de setembro de 2018


PESQUISAS ELEITORAIS: PARA QUE SERVEM?

JUACY DA SILVA

A presença de pesquisas eleitorais é um fato existente em todos os países democráticos, onde as eleições são realizadas de forma periódica para possibilitar que os eleitores possam melhor  escolher seus governantes.

Essas pesquisas, para que sejam verdadeiras, devem obedecer a metodologia própria das ciências humanas e sociais, sejam elas quantitativas ou qualitativas e tem por objetivos possibilitar aos partidos, coligações ou equipes dos candidatos conhecerem as intenções dos eleitores e, a partir desse conhecimento da realidade, permitir aos mesmos traçarem suas estratégias de convenciamento dos eleitores e/ou desconstruirem a imagem de seus adversários.

Enquanto alguns institutos de pesquisas divulgam de forma ampla seus resultados, para que também os eleitores possam definir suas escolhas, mudando, inclusive de opção de voto no futuro, os partidos e equipes de campanha de candidatos realizam as chamadas pesquisas qualitativas, ouvindo pessoas que possam indicar como captam a realidade e quais os fatos ou fenômenos que podem interfeier nas preferências dos eleitores.

No Brasil existem alguns institutos de pesquisa de opinião que gozam de credibilidade por parte da sociedade, principalmente pelos “acertos” que conseguem em suas previsões, a partir das tendências observadas ao longo de uma série histórica, geralmente diversos meses ou semanas antes dos pleitos e tambem a chamada “pesquisa de boca de urna”.

Os principais institutos de pesquisas eleitorais no Brasil são o Datafolha; o IBOPE, o Vox Populi, o CNT/MDA que, `a medida que as eleições se aproximam passam a ter uma periodicidade semanal, ajudando, assim tanto os eleitores quanto os candidatos, partidos e suas equipes de coordenação e também seus marqueteiros, procurando reforçar ou mudar algumas estratégias para conseguir alavancar melhores  índices ou evitar falhas que possam comprometer uma possivel vitória.

É importante salientar que não se pode comparar numericamente ou aritiméticamente pesquisas de diferentes institutos, os numeros são diferentes a cada momento, afinal, as pesquisas representam uma fotografia da cabeca do eleitor, caso a eleição fosse realizada no dia da entrevista. Mas mesmo assim, pode-se captar as tendências, que acabam sendo bem parecidas independente dos institutos, desde que a metodologia seja científica, ou seja, que a amostra/pesquisa represente fielmente os diversos estratos sociais, econômicos, demográficos ou regiões do país.

Ao longo do periodo da pré campanha tivemos alguns fatos significativos, os chamados “fatos portadores de futuro”, que, ao acontecerem podem mudar, as vezes radicalmente o ânimo dos eleitores e alterar não apenas os resultados das pesquisas mas também os resultados das eleições propriamente ditas.

O primeiro fato foi a prisão do ex presidente Lula, considerado um verdadeiro mito, quase imbativel em todas as pesquisa realizadas antes de abril. Coube ao PT traçar e colocar em curso uma estratégia, que alguns já sabiam era impossivel, visto que a candidatura do mesmo seria barrada pela Justiça eleitoral, por ter sido condenado e “enquadrado” na Lei da Ficha Limpa, sendo susbtituido na úndecima hora pelo candidato a vice escolhido na convenção do partido.

Antes disso, as pesquisas perscrutavam para quem iria o espólio de Lula, se para Marina, Ciro Gomes ou para Fernando Hadad que todos sabiam seria o candidato real do PT. Como Marina apoiou Aécio Neves no segundo turno da última eleição presidencial em 2014 e depois apoiou  o impeachment de Dilma e disse várias vezes que a prisão de Lula era justa, jamais iria receber votos de petistas ou simpatizantes de Lula, apesar de ter sido do PT, ministra de Lula e já ter participado de campanhas presidenciais anteriormente.

Ao longo do último mes, em todas as pesquisas de todos os institutos Marina Silva simplesmente “desindratou” como alguns dizem e os ultimos resultados de pesquisas do Datafolha e IBOPE desta semana demonstram que ela está em queda livre e deverá, com alta probabilidade, terminar no grupo de candidatos que chegam ao máximo a 5% ou 6% dos votos. Cabe apenas a indagação, para quem irão os votos de Marina no segundo turno? E os de Ciro Gomes?

Outro fato “portador” de futuro foi a facada, atentado, contra o candidato de extrema direita  Bolsonaro, de forma bastante açodada muitas pessoas, inclusive jornalistas e analistas politicos falaram abertamente que a facada iria projetar o candidato na condição de vítima e ele poderia até vencer no primeiro turno. Ledo engano, o seu crescimento foi pífio e além disso sua rejeição continua alta e subindo bastante em algumas regiões e segmentos.

O terceiro fato foi a definição de Fernando Hadad como candidato do PT a Presidente da República, em poucos dias, praticamente uma semana o mesmo disparou na preferência de largas camadas de eleitores indicando que está em asccensão, herdou os votos de Lula e deverá chegar ao segundo turno, deixando para traz Ciro Gomes e Geraldo Alkmin, que também estao “estáveis” com tendência de queda acentuada nas próximas pesquisas.

Em decorrência, tanto a equipe de Fernando Hadad quanto de Bolsonaro  já começam a refletir e traçar  estratégias voltadas ao segundo turno, a busca de apoio e alianças com outros partidos e candidatos que ficarão pelo caminho. Para isso as próximas pesquisas serão fundamentais.

Vislumbra-se, para o segundo turno, um embate entre extrema direita e esquerda, onde os eleitores de centro devem ser o fiel da balança.

JUACY DA SILVA, professor universitario, aposentado UFMT, mestre em sociologia, colaborador de diversos veiculos de comunicacao. Email professor.juacy@yahoo.com.br Twitter@profjuacy Blog www.professorjuacy.blogspot.com

quinta-feira, 13 de setembro de 2018


ELEIÇÕES, UM PAÍS DIVIDIDO

JUACY DA SILVA

Estamos praticamente `as vesperas das eleições gerais de 2018. Em tres semanas mais de 147 milhões de eleitores irão escolher quem ocupará o Palácio do Planalto, os governos estaduais, dois terços do Senado, a Câmara Federal e as Assembléias Legislativas, enfim, definir quem serão os “novos” e futuros donos do poder no Brasil.

Nosso país está vivendo uma das fases mais complicadas de sua história, onde uma crise permanente, que vem de longa data, décadas, quase século, aprofunda cada dia mais os conflitos sociais, econômicos, politicos, ideológicos e culturais, além da dimensão ética, representada pela corrupção que passou a ser escancarada.

Pela primeira vez em nossa história, parcela dos donos do poder ou uma fração ou facção das elites do poder, representada por empresários, integrantes dos poderes Legilsativo e Executivo Federal, Estaduais e municipais, foram, estão ou serão investigados, condenados e presos por roubarem os cofres públicos.

Todavia, boa parte ou talvez a maior parte desses gatunos estão escapando dos tentáculos da Justiça, representados ultimamente pela LAVA JATO e suas co-irmãs em diversos estados. Nunca tantos politicos e empresários de prestígio foram presos e condenados, pouco importa se em primeira, segunda, terceira ou “quarta” instância.

Em decorrência, a pauta que definiu o clima pré-eleitoral foi o combate `a corrupcao. Mas como não se pode esperar que vampiro administre banco de sangue e nem que raposa cuide do galinheiro, parece que esta pauta não está mais como primeira na ordem do dia.

Para o povo, já acostumado com a roubalheira acobertada pelo manto da impunidade, do “foro privilegiado” e também em boa parte pela morosidade do Sistema judiciario, este será um eterno problema na sociedade brasileira, um cancer incurável.

Diante disso, outros problemas que mais de perto angustiam o povo passaram a ocupar a agenda dos candidatos, com destaque para a saúde pública, a educação, o meio ambiente, a segurança pública, o desemprego, os desníveis sociais, o endividamento das familias e outros mais. Todos, tratados com extrema superficialidade, propostas incoerentes ou impraticáveis. Em cada lugar os discursos dos candidatos atendem interesses de uma determinada platéia, falta, de fato um plano coerente, com propostas mais claras e detalhadas de como tirar o Brasil desta crise.

Para completar, as pesquisas de opinião, dos vários institutos tem demonstrado que com as decisões judiciais que impediram a candidatura de Lula, preferido da maioria dos eleitores, por estar condenado em segunda instância e preso, o candidato de extrema direita Bolsonaro, está praticamente consolidado na preferência de pouco mais de um quarto dos eleitores, com “passaporte” para o segundo turno.

Em segundo lugar aparecem embolados quatro candidatos, dois competindo para de fato chegar ao segundo turno e disputar com o capitão quem será o próximo presidente, que representam as esquerdas (Fernando Hadad e Ciro Gomes), e dois ojutros que representam posições mais de centro, e que estão sendo esmagados pelo radicalismo que parece, levará as eleições para no segundo turno, a serem definidas muito mais em termos ideológicos, irreconciliáveis, entre esquerda e direita, do que pode resultar uma eleição sem grande legitimidade.

Com certeza, em minha modesta opinião, independente dos resultados das urnas no primeiro  e segundo turnos, o Brasil vai iniciar 2019 muito mais dividido do que se encontra hoje, com uma crise muito pior do que estamos presenciando. Uma verdadeira bomba relógio está armada.

Nenhum dos Candidatos consegue pacificar o pais e como nenhum presidente eleito terá maioria no Congresso Nacional, pela prolifereção de partidos, a dispersão de votos em candidatos de partidos diferentes dos partidos que apoiam cada candidato, o resultado levará a necessidade do novo presidente "barganhar", enfim, montar seu balcão de negócios para definir seu ministério e conseguir apoio para as medidas que precisará tomar nos primeiros dias ou meses de governo e implementar seu plano de governo.

Para complicar, muitos deputados e senadores que estão sendo investigados por suspeitas de corrupção e também vários candidatos 'novos" que atualmente são deputados estaduais e ex governadores, que também estão neste grupo, inclusive um que acabou de ser preso esta semana, deverão ser eleitos e/ou reeleitos. Resultado, o novo presidente vai ter que 'negociar' com esta banda podre da politica e do Congresso Nacional, onde a corrupção e o fisiologisma são as marcas registradas desta vergonha nacional que é a politica suja, por maiores loas que alguns tecem a respeito de nossa democracia, bastante corroida pela corrupção, diga-se de passagem.

Enfim, não podemos depositar nossas fichas ou nossas esperanças em nenhum candidato como o SALVADOR DA PÁTRIA e nem acreditar nas promessas/propostas dos candidatos, pois uma coisa são os discursos e promessas de campanha e "planos" de governo, outra coisa é a realidade concreta, complexa, cheia de desafios e contradições, enfrentamentos e muitos conflitos, onde, por exemplo, as questões de raça, de genero, meio ambiente e econômicas são apenas alguns desses "fronts".
JUACY DA SILVA, professor universitário, aposentado UFMT,  mestre em sociologia. Colaborador e articulista de diversos veiculos de comunicação. Twitter@profjuacy Email professor.juacy@yahoo.com.br Blog www.professorjuacy.blogspot.com

sábado, 8 de setembro de 2018


ELEIÇÕES E A GRANDE ESTRATÉGIA

JUACY DA SILVA



Já está mais do que na hora dos candidatos  a  Presidente da República, irem mais a fundo em suas propostas, discutirem outros temas, como A QUESTãO DA DIVIDA PÚBLICA, matéria que saiu no G1 Globo de hoje, 07/09/2018,  informando, segundo dados do Governo Federal ao enviar o orcamento de 2019 ao Congresso Nacional que em 2020 a DÍVIDA PÚBLICA brasileira vai chegar a 80% do PIB, mas que, segundo os dados do FMI , na verdade já no ano que vem deve chegar a 92% do PIB.



Sobre este assunto e tantos outros temas super importantes como a questão ambiental, a educação, a saúde publica, a retomada do crescimento, o desemprego, a infra estrutura e logística nacional, a modernização da máquina pública, a indsutrialização, o desenvolvimento científico e tecnológico, uma nova matriz energética que dê ênfase para as fontes alternativas como energia solar, eólica e bio-massa e tantos outros, inclusive a própria segurança pública, os candidatos não falam nada ou apresentam apenas idéias vagas, desconexas, superficiais e simplistas, jamais dignas de um verdadeiro plano de govenro e de uma GRANDE ESTRATÉGIA e agora com este atentado contra um dos candidatos, parece que essas questões fundamentais que o pais está enfrentando vai para a lata do lixo. Se os debates já eram pobres a partir de agora vão se tornar mais medíocres.



Nenhum candidato e nenhum partido tem um planejamento estratégico, uma visão moderna e arrojada para o Brasil, a chamada GRANDE ESTRATÉGIA de longo prazo. O mesmo acontece quanto `as eleições para governador, onde as questões discutidas são extremamente vagas e, as vezes, substituidas por discursos de baixo nível, resvalando para ofensas pessoais e nada mais.



O Brasil e todos os Estados só  vão chegar a  um pais, estados, regiões desenvolvidos com sustentabilidade, mais justiça e melhor distribuição de renda e oportunidades , com maior peso geopolítico e estratégico a nivel mundial quando sucessivos governso buscarem a realizacao de uma GRANDE ESTRATÉGIA, que leve a um NOVO MODELO DE DESENVOLVIMENTO, como outros paises, como a China, os EUA, a Rússia, a Coréia do Sul, Índia,  Alemanha, o Japão e outros mais fizeram quando deram um salto qualitativo e atingiram novos patamares no contexto internacional.



Se continuarmos  com as mesmas mediocridades, em termos de “classe politica” e governantes, nenhum Salvador da pátria vai dar conta do recado, quando muito vai acertar a vida de uma minoria que está em seu redor ou `a camada social a que pertence, enfim, os marajás da República, enquistados nos tres poderes, nos estados e municipios.



“Independência ou morte”, assim bradou D. Pedro I, há 196 anos. Ante tanta violência que campeia abertamente e presenciamos em nosso país, estamos muito mais longe da independência  e mais pertos da morte, lamentavelmente. Talvez este possa ser um novo olhar para o que de fato entendermos por INDEPENDÊNCIA, comemorada pálidamente, nesta data de 07 de setembro de 2018.



JUACY DA SILVA, professor universitário, titular e aposentado UFMT, mestre em sociologia, articulista e colaborador de diversos veículos de comunicação. Email professor.juacy@yahoo.com.br Twitter@profjuacy Blog www.professorjuacy.blogspot.com



EDUCAÇÃO, VERGONHA NACIONAL

JUACY DA SILVA

Estamos há menos de um mês para a realização das eleições gerais quando 147,3 milhões de eleitores estarão aptos a escolherem quem irá dirigir os destinos do Brasil no plano federal e em todos os Estados e o Distrito Federal. Desses 147,3 milhões de eleitores, para vergonha de nossa tão propalada democracia corroida pela corrupção e pela mediocridade de nossos governantes, estão tambem incluidos 11,8 milhões de analfabetos e mais 38 milhões de analfabetos funcionais, que totalizam 33,8% de eleitores que ou não sabem ler e escrever ou mesmo tendo frequentado alguns anos de escola não conseguem entender um simples parágrafo.

Na 14a. Sessão da UNESCO em 26 de outubro de 1966, foi criado e aprovado o DIA INTERNACIONAL DA ALFABETIZAÇÃO, a ser “comemorando” , lembrado e relembrado por todos os países, no DIA 08 DE SETEMBRO DE CADA ANO, incluindo organizações governamentais e não governamentais de que a educação é o fundamento do desenvolvimento nacional e mundial, sem a qual bilhões de pessoas estarão sempre excluidas dos frutos deste desenvolvimento.

Se a educação é o fundamento ou condição básica para que um país rompa as amarras do atraso, da miséria, da desigualdade e possa dar um salto qualitativo que promova melhores condicçõs de vida, melhores oportunidades de trabalho e melhores salários no plano individual, a base da educação é a ALFABETIZAÇÃO, tanto no inicio do processo educacional quanto para atingir e possibilitar a inclusão de milhões de jovens, adultos e idosos, que com 15 anos ou mais são analfabetos ou analfabetos funcionais.

De acordo com dados recentes da UNESCO, no mundo existem 758 milhões de analfabetos, mas que devido a subnotificação de dados nacionais e a baixa qualidade das estatísticas em inúmeros países, este total pode ser aproximar a mais de 850 milhões de pessoas. China, Índia, diversos outros países na Ásia, Africa e América Latina, apesar dos “esforços” que vem sendo realizados para extirpar esta chaga que denigre em muito a imagem desses países, inclusive do Brasil, ainda estão muito longe de atingirem a meta de ALFABETIZAÇÃO Universal e ANALFABETISMO ZERO.

O progresso tanto em alfabetização de crianças quanto de adultos é a base de todo o processo educacional e, se não for feito corretamente ou se for negligenciado, afetará negativamente a vida do estudante, trazendo sérias consequências tanto em sua vida acadêmica quanto para sua inserção produtiva no Mercado de trabalho e para o desenvolvimento do país, principalmente nas áreas da ciência e tecnologia; do preparo da mão-de-obra, nos niveis de remuneração e distribuição de renda, enfim, será uma das causas do atraso em todas as áreas, que tão bem caracterizam os países sub desenvolvidos ou emergentes.

O analfabetismo no Brasil tem sido reduzindo ao longo das últimas decadas, mas de forma extremamente lenta e já foi objeto de inúmeros programas de governo como o MOBRAL e ultimamente o EJA – Educação de jovens e adultos. Nos anos que antecederam a intervenção militar, ou seja, governos Jânio Quadros e João Goulart, inúmeras iniciativas foram colocadas em prática, incluindo o Método PAULO FREIRE, que além da alfabetização se propunha a estimular o despertar da conscientização do alfabetizando, no caso, alfabetização de adultos. Em decorrência da controvérsia ideológica envolvendo não apenas o método em si, mas principalmente seu idealizador (Paulo Freire), que chegou a ser preso durante os primeiros anos dos governos militares e depois viveu muitos anos no exílio, os esforços governamentais foram reduzidos neste sentido. 

Na mesma época também houve uma experiência no âmbito estadual, no Rio Grande do Norte e também em Recife, com Aluísio Alves e Jarbas Maranhão, respectivamente, mas foram paralizados com a troca de governo e sua substituição pelo MOBRAL, programa idealizado pelos governos militares para dar conta deste desafio.

O Brasil em seu último plano nacional de educação estabeleceu que a taxa de analfabetismo em 2015 deveria ser de 6,5% e que a meta de ANALFABETISMO ZERO deveria ser alcançada em 2024. Todavia, as taxas de analfabetismo estão “congeladas” ou tem caido muito pouco nos ultimos anos. Em 2015 foi de 7,7%; 2016 caiu para 7,2% e no último ano chegou a 7,9%; isto significa que em tres anos a queda foi de apenas 0,7% ou uma queda anual de 0,23%.

Se este for o rítimo pelos proximos anos, o Brasil vai precisar de mais 30,4 anos para atingir a meta de analfabetismo zero, ou seja, apenas 2047, desde que todas as criancas em idade de inicio escolar estejam na escola e sejam, de fato, alfabetizadas, o que jamais acontecerá, considerando o descalabro em que se encontra a educacao brasileira, em todas as suas  fases ou niveis, descalabro este reconhecido até por diversos ministros da educação, como o atual.

A falta de valorização do corpo docente e demais trabalhadores em educação; a falta de investimento em infra-estrutura e recursos pedagógicos, em atividades de suporte a uma boa educação, incluindo alimentação escolar, transporte escolar, bibliotecas, laboratórios, além da corrupção que tem dominado esta área, praticamente em todos os Estados, sempre sujeita ao fisiologismo politico e o aparelhamento da adminisrração pública, indicam que vamos ter que “comemorar” por muitas e muitas decadas o DIA MUNDIAL DE COMBATE AO ANALFABETISMO.

Esta realidade é triste, é vergonhosa. Só existe uma certeza, com os governantes que temos em todos os niveis, do plano federal, passando pelos estados até chagar aos municipios, nosso pais esta fadado a estar sempre na “rabeira” dos rankings da UNESCO e outras organizações internacionais. Segundo a UNESCO, em 2016 entre 127 países o Brasil ficou em 88a posição, atraz até da Bolivia e que na mesma ocasião existiam mais de 700 mil crianças, em idade escolar, fora da escola e as taxas de analfabetismo em algumas regioões do Brasil e na área rural é superior a 28% da população com 15 anos e mais.

Sobre isto é o que devemos refletir neste 08 DE SETEMBRO de 2018, mais um DIA INTERNACIONAL DE COMBATE AO ANALFABETISMO, oxalá a população e os candidatos possam debater um pouco mais sobre esta realidade e buscarem um novo caminho que transforme esta realidade.

JUACY DA SILVA, professor universitário, titular, aposentado UFMT, mestre em sociologia, colaborador e articulista de diversos veiculos de comunicação. Email, professor.juacy@yahoo.com.br Twitter@profjuacy Blog www.professorjuacy.blogspot.com




quarta-feira, 5 de setembro de 2018


AS  ELEIÇÕES E A CRISE BRASILEIRA

JUACY DA SILVA

Muita gente imagina que eleições resolvem os problemas que afligem o país ao longo de décadas ou séculos ou que um Salvador da pátria deverá emergir das urnas e, como em um passe de mágica tudo estará resolvido. Isto é uma grande mistificação, uma falácia, um grande engodo que precisa ser analisado, debatido para que o povo não caia em verdadeiras armadilhas que favorecem apenas os donos do poder, como tem acontecido ao longo da história de nosso país.

Eleições em uma “democracia” corroida pela corrupção das elites governantes e empresariais, pelo fisiologismo, pelo nepotismo e pelos privilegios dos marajás da Repúbica enquistados nos tres poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário, em todos os estados e municipios jamais será a chave para que o país encontre seu verdadeiro destino que abra espaço para que as camadas excluidos possam também terem o seu quinhão nos frutos do desenvolvimento.

Precisamos de reformas e transformações profundas das estruturas que favorecem a concentração de renda, riqueza, privilégios e oportunidades, que alterrem radicalmente as estruturas politicas, econômicas e sociais; sem isso, cada eleição nada mais é do que um momento do despertar das esperanças do povo e, logo a seguir, voltar `as frustrações como temos vivido ao longo de tantas decadas. Por isso, precisamos refletir e conhecer melhor nossa história para deixarmos de ser enganados e manipulados por um marketing falacioso e oportunista.

A crise pela qual o Brasil vem passando e que a cada dia, cada ano se torna mais grave e quase insolúvel vem de longe. Basta olharmos para nossa história e vamos perceber que a mesma é pontuada por diversos momentos críticos e extremamente grave como o atual.

Dentro de pouco mais de uma década estaremos “comemorando” um século da chegada de Getúlio Vargas ao poder  e, desde entao, nosso país vem vivendo “crises em cima de crises” ou “crises dentro da crise”. Se assim acontece podemos identificar, por exemplo, a constituinte de 1934 com uma constituição liberal, rompendo com as amarras da República Velha, da politica do café com leite; seguida de uma grande frustração nacional quando da decretação do Estado Novo, a ditadura civil, com apoio das Forças Armadas, que vigorou de 1937 até 1945, com a queda de Getúlio Vargas.

A seguir, o Brasil vive um periodo de relativa estabibilidade politica com o governo do GENERAL/MARECHAL Dutra e o retorno de Vargas nos braços do povo, com sua eleição “democrática” e um novo periodo populista do antigo ditador, cujo governo acabou sendo fustigado pelas acusações de corrupção, cuja crise que levou o velho ditador e o tão aclamado “pai dos pobres”  ao suicidio, em 24 de Agosto de 1954, seguindo-se um arremedo de crise que foi “pacificada” com a eleição de JK e seu governo desenvolvimentista e toda a farra/corrupção quando da construção de Brasília.

O Governo JK, apesar de sua característica pessoal de um presidente extremamente habilidoso e conciliador, não evitou algumas tentativas de golpe por parte dos militares, como aconteceu com as “rebeliões” de Aragarças e Jacareacanga.

Empunhando a Bandeira do combate `a corrupcao, cujo símbolo era a vassoura, demonstrando a vontade de varrer todas as safadezeas, mau uso do dinheiro público, enfim, a corrupção que corria solta pelo Brasil afora, como nos dias de hoje, Jânio Quadros saiu-se vitorioso em sua cruzada, muito parecida com a atual, em tempos de LAVA JATO.

Como mais um politico populista, moralista e extremamente demagogo Jânio Quadros foi eleito, recebendo votos de todos os espectros do eleitorado e, como naquela época os eleitores votavam tanto para presidente quanto para vice presidente da República separadamente, foram eleitos Jânio com apoio da UDN  e João Goulart, herdeiro politico de Getúlio Vargas, representando o movimento trabalhista/sindical ligado ao PTB e tambem as velhas oligarquias rurais/latifundiários que eram representada pelo PSD, antecessoras do atual agronegócio. Um casamento bastante extranho que todo mundo sabia que não iria dar certo, como de fato não deu.

Com menos de oito meses de governo, de forma repentina, enquanto o vice Joao Goulart estava visitando a China, no dia 25 de Agosto de 1961, DIA DO SOLDADO, Jânio Quadros abalou o Brasil com sua renúnica, abrindo novamente uma crise politica-militar com a tentativa das forcas conservadoras de impedirem a posse do vice presidente, acusado de comunista, levando o país `a beira da Guerra civil.

Como soe acontecer, a superação temporária da crise se deu por um pacto entre as elites do poder, atraves da castração dos poderes do vice- presidente com a “aprovação” do parlamentarismo, que só ajudou a prolongar por alguns anos a crise.

João Goulart recuperou seus plenos poderes presidenciais atraves de um plebiscite que revogou o regime parlamentarista, retornando o Brasil, novamente ao regime presidencialista, só que o conflito ideológico a cada dia se apresentava de forma mais aguda, culminando com a derrubada de Goulart e o a intervenção militar em 31 de março de 1964, cuja história e estorias são bem mais conhecidas pela população.

Depois de 21 anos no poder, desgastados por uma série de problemas politicos, economicos,  institucionais, internos e internacionais e a pressão das massas que lutavam pelo  fim do regime militar, o país deu um passo com vistas `a superacao de sua crise permanente, isto ocorreu através da eleição indireta de Tancredo Neves e José Sarney, antigo presidente do PDS, aliado dos militares.

Com a morte de Tancredo Neves, assume o poder o agora democraca Sarney que aceita convocar uma Assembléia Nacional Constituinte, abrindo “mão” de um ano de seu mandato que era de seis anos, em nome da “pacificação nacional”, que, muitos imaginavam viria com a nova Constituição cidadã, como a denominava Ulysses Guimarães, ao lado de inúmeras figuras de renome e das massas populares que clamava nas ruas por DIRETAS JÁ, cujo símbolo tambem é identificado em Dante de Oliveira.

Voltarei  sobre este assunto proximamente.

JUACY DA SILVA, professor universitario, aposentado UFMT, mestre em sociologia. Articulista e colaborador de diversos veiculos de comunicacao. Email professor.juacy@yahoo.com.br Twitter@profjuacy Blog www.professorjuacy.blogspot.com