POLÍTICAS E
ESTRATÉGIAS NACIONAIS
JUACY DA SILVA
Costuma-se
dizer que o Brasil possui várias características. Alguns dos estudiosos de
nosso país, como Jacques Lambert que escreveu o memorável livro “ Os dois
brasis”, um pobre e outro rico; um que
se apropria das riquezas nacionais e outro que é excluido, outros economistas
como Celso Furtado que enfatizou a questão
das desigualdades regionias, outros enfatizaram as relações centro
periferia, tomando como contexto as relações internacionais e o espaço ocupado
por nosso país no concerto das diversas nações. Para diversos
pesquisadores mais contemporâneos
o importante é destacar as questões de gênero, de raça e etnia e voltar
a reforçar a dicotomia de classes como referências fundamentais para
entender nossa realidade e, a partir
deste contexto poder ser elaborado um
projeto de nação ou projeto ncional de desenvolvimento, que não seja excludente
para a maioria do povo brasileiro, como acontece na atualidade.
A
ausência de um projeto nacional de desenvolvimento que alcance ou abranja as diversas esferas ou expressões
do poder nacional tem sido substituido
por improvisações, pela descontinuidade das ações públicas como balizadoras de
um planejamento estratégico ou o que é denominado de planejamento de longo
prazo, planejamento este que deve ser de
estado ,onde o planejamento de sucessivos governos sejam etapas de uma caminhada mais longa, duas ou tres
décadas no mínimo.
Para
que seja elaborado um projeto nacional de longo prazo, precisamos enfatizar muito
mais as políticas e estratégias
nacionais, onde as ações dos governos
federal, estaduais e municipais sejam articuladas, integradas e
compatibilizadas em termos de diagnósticoss, recursos financeiros,
orçamentários, humanos e tecnológicos, os correspondentes planos,programas, com objetivos, metas e
indicadores para que possam ser avaliados e corrigidos os rumos a tempo.
O
que vemos nas últimas tres décadas, que podemos tomar como pontos de referência a promulgação da atual
constituição federal em 1988, a “redemocratizaçao”
e o tão sonhado estado democrático de direito e o ano atual, ou mesmo o próximo
ano de 2018, quando termina mais um período governamental nas esferas federal e
estaduais, já que continuamos com esta
aberrção política de eleições municipais na metade dos mandatos dos governos
estaduais e muits outras aberrações
políticas como a corrupção endêmica e epidêmica que assola o Brasil, de norte a
sul, de leste oste, em todos os estados,
municípios e nos diveros poderes do Estado, é um estado paquiderme, mororo,
ineficiente, perdulário, opaco , cujas entranhas ou estruturas foram capturados por uma “classe política”
corrupta, integrada por agente,
incluindo gestores e quadros partidários vorazes para assaltar os cofres
públicos. São 3 décadas,trinta anos de
domínio da corrupção e do crime
organizado de colarinho branco dirigindo os destinos nacionis.
Nosos
governnantes e gestores, principalmente seus asseclas, tomaram de assalto o país e
trnsformaram o estado, as instituições e
a população como reféns, da mesma forma
que a bandidagem do crime
organizado faz de refém populações inteiras
em favelas, hodiernamente e eufemísticamente denominadas de “comunidades”.
Existe
uma grande semelhança no que acontece na Rocinha, no Rio de Janeiro e em
Brasilia e nas capitais dos Estados, uma verdadeira Guerra de quadrilhas.
O
tempo que deveria ser utilizado pelos govrerntes e gestores para bem gerir e
implementar políticas públicas , suas correspondentes estratégias e as ações
decorrentes, geralmente é utilizado para montar esquemas fraudulentos e corruptos de como tirar
proveito de seus cargos e posições,
loteando a administração pública, assaltando os cofres públicos,
extorquindo empresários ou quem
necessita realizar atividades econômicas ou sociais com os
poderes públicos.
Exemplos
como dos estados do Rio de Janeiro , de
Mato Grosso e de vários outros estados e também o que acontece no Congresso
Nacional, tanto na Câmara Federal quanto
no Senado, onde os governos ou seja, o poder é utilizado para enriquecimento
pessoal, de famílias ou grupos ideológicos, partidários. Os
exemplos mais típicos são as quadrilhas
comandadas de dentro dos palácios, onde as políticas públicas, as licitações
são geridas `a base da propina e das negociatas, muito longe do espírito
democrático e republicano.
O
balcão de negócios que tomou conta dos
palácios do Jaburu, onde um mega empresário corrupto chegou a gravar o Presidente da República,do Planalto,onde a
agenda do Presidente é recheada de reuniões com parlamentares que trocam o
apoio politico e parlamentar, para salvar o mandato espúrio do atual mandatário,
por cargos para seus apaniguados e liberação de emendas; a forma criminosa como
nos governos Lula, Dilma e Temer preencheram
cargos importantes nas estatais, bancos oficiais, ministérios, as
denúncias, investigações, condenações e prisões de ex ministros, ex parlamentares, ex governadores, ex
secretários, ex gestores e empresários
que faziam e fazem parte de quadrilhas de colarinho branco são as provas de que estamos sendo governados não
por estadistas mas por criminosos que
estão levando o país, os estados e
municípios ao fundo do poço, um verdadeiro mar de lama.
Diante
de um quadro desses pouca esperança resta ao país e ao povo de que uma mudança
significativa de rumo possa ocorrer em futuro próximo. Muita gente nutre a esperança de que este nó possa
ser desatado com as eleições de 2018.
Todavia, os atores e candidatos serão os mesmos que estão ai, mandando,
desmandando e manipulando o cenário politico nacional.
Alguém acredita que é possivel que a raposa possa
bem cuidar do galinheiro e das galinhas?
Ou que o vampiro seja um bom
gestor do banco de sangue? Com a palavra
os leitores, eleitores e contribuintes.
JUACY DA SILVA, professor
universitário, titular e aposentado UFMT, mestre
em sociologia, articulista e
colaborador de jornais, sites, blogs e outros veículos de comunicação.
Twitter@profjuacy Email professor.juacy@yahoo.com.br Blog www.professorjuacy.blogspot.com
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