RÉQUIEM PARA O
GOVERNO DILMA
JUACY DA SILVA
Primeiro precisamos
saber o que significa “requiem” e depois porque esta idéia de que o governo
Dilma acaba de morrer nesta data,
independente do que a Câmara Federal vai decidir quanto ao processo de
impeachment que já foi aprovado pela Comissão Especial e também conta com
a adesão de mais de 65% da opinião
pública brasileira.
O termo “requiem”, de
acordo com o site/sitio signficados,
refere-se a um tipo de missa especial celebrada pelas igrejas católica,
anglicana, metodista e ortodoxa destinada a homenagear os mortos. Este termo
origina-se do latin “requies” que significa
descanso, repouso. Nessas missas fúnebres a primeira palavra que o
celebrante pronuncia é “requiem” ao “encomendar” a alma do falecido.“Requiem
aeternam dona eis, Domine
(“Senhor, concede-lhes o eterno descanso”).
Assim, acontece com o Governo Dilma, que após a
reeleição e posse em segundo mandato derreteu de uma forma impressionante, em
decorrência da crise econômica, orçamentária e fiscal que a falta de
planejamento levou o país ao mais completo caos em todos os setores da administração.
Ao mesmo tempo, o aprofundamento das investigações da
operaação lava jato tem demonstrado, com um alto nível de detalhamento, que o
aparelhamento da administração pública acabou possibilitando o surgimento e
ampliacão de um verdadeiro governo paralelo gerido por quadrilhas, as quais são
compostas por gestores públicos, políticos e empresários. Um verdadeiro esquema
criminoso de poder não apenas destruiu a Petrobrás mas tem braços em diversos
outros setores da administração pública e atinge em cheio o sistema partidário,
eleitoral e o financiamento de campanhas eleitorais com dinheiro sujo, oriundo
da corrupção que durante os anos do Governo Lula e Dilma correu e continua
correndo solta.
Quando Dilma foi eleita a sua”base” parlamentar era
composta de 341 deputados na Câmara Federal,
a oposição com 99 deputados e o bloco “independente” somava 73 deputados
federais. Diante disso o Governo Dilma
fazia o que bem entendia e recebia a aprovação passiva desta maioria cega, que
fechava os olhos para o caos em que estava a administração federal, caos este
que se refletia na incapacidade do Governo em prover bens e serviços que
atendam os interesses e as necessidades do povo brasileiro.
Saúde, saneamento básico, segurança publica, meio
ambiente, educação, enfim, todos os setores da administração federal
continuavam se deteriorando a olhos vistos e o sofrimento do povo na porta das
unidades de saúde, dos desastres ambientais, da insegurança publica e da
violência que a todos amedrontam, de uma educação que perde qualidade a cada
dia, de uma infra estrutura que está caindo aos pedaços de uma forma rápida
indicavam que o Governo Dilma desde o prineiro dia de seu segundo mandato havia
perdido o rumo e só continuava sobrevivendo graças `as barganhas de cargos e
favores que alimentavam partidos e politicos desprovidos de ética e que só se
interessam por práticas fisiológicas.
As intrigas e apetite desmesurado pelo poder e suas
benesses, aliados `a certeza da
impunidade acabou por escancarar o Governo Dilma para práticas “nada
republicanas e muito menos éticas”. O diálogo e a eficiência, que devem decorrer
do planejamento e um o projeto de pais
cedeu lugar para a prepotência, a mentira, a incompetência e a improvisação,
calcados em slogans vazios como o que “inspira” sua logo marca “Brasil,
pátria educadora”, que poderia ser substiuído por Brasil, país mais corrupto e
sem rumo no mundo.
Diante de tudo isso, chegamos ao processo de
impeachment que deverá ser definido pela
sua admissibilidade no plenário da Câmara Federal neste final de semana. Se for
aprovado, o que a maioria do povo e dos organismos de pesquisas indicam,
segurá para o Senado, que dificilmente,
terá condições políticas e éticas de
barra-lo.
Na Comissão Especial o Governo foi derrotado de forma
clara, 38 votos contra 27. E desde então, nos últimos dias, diversos partidos e
parlamentares que sempre estiveram mamando nas tetas do governo e da
administração federal, da mesma forma que ratos em meio a um naufrágio, acabam
pulando do barco. Neste momento diversos desses partidos e parlamentares
fisiológicos estão percebendo que o Governo Dilma já morreu e o melhor que
fazem é bandearem-se para o outro lado e
jogar uma pá de cal na sepultura, depois
de uma missa de réquiem para o falecido governo Dilma.
Mesmo que o Governo Dilma consiga os 172 votos para
barrar o impeachment este governo chegou ao fim, de um lado vai estar nos
braços dos últimos partidos e parlamentares que continuam “acreditando” e se aproveitando
das vantagens dos cargos e outros favores que o Governo pode lhes oferecer e de
outro lado Dilma está completamente sem autoridade, tendo Lula como uma espécie
de primeiro ministro mandando de fato. E, finalmente, a operação Lava Jato,
comandada de Curitiba pelo Juiz Sérgio Moro e a força tarefa do MP e Polícia
Federal continuam fustigando os esquemas corruptos que, de fato, destruiram o
governo Dilma e ameaçam a democracia e o estado de direito.
O Brasil não pode se dar ao luxo de ser governado pelas diversas máfias que se
enquistaram nas estruturas do poder. Se
cair, Dilma, o PT e Lula e seus minguados aliados serão as últimas
vítimas da corrupção, por que a primeira vítima tem sido o povo brasileiro.
JUACY DA
SILVA, professor universitário, titular e aposentado UFMT, mestre em
sociologia, artiulista de A Gazeta. Email professor.juacy@yahoo.com.br Blog www.professorjuacy.blogspot.com Twitter@profjuacy
Nenhum comentário:
Postar um comentário