SURURU EM BRASÍLIA
JUACY DA SILVA
A cada dia que passa
parece que a crise política, econômica e
moral mais se agrava em Brasília,
deixando em polvorosa os donos
do poder e seus asseclas. Semana após
semanas os números da economia não deixam dúvida, estamos diante de um governo
extremamente incompetente, mediocre e sem rumo.
Se os primeiros quatro
anos de Dilma já foram considerados os piores
nas últimas décadas, este início
de governo parece que vai superar todos os prognóticos feitos pelos
candidatos/as que se opunham a reeleição da atual presidente.
Inflação em
disparada, aumento da carga tributária, desemprego crescente, endividamento e inadimmplência das pessoas e
das famílias, queda na arrecadação,
deficit nas contas públicas, queda dos investimentos públicos e privados,
aumento da dívida pública, queda na qualidade dos serviços públicos e um
verdadeiro “barata voa” na desarticulação política do governo.
Não bastassem esses aspectos, a avaliação do desempenho da Presidente e de seu governo
por parte da opinião pública está no mais baixo nível que um Presidente obteve em início demandato e o de rejeição
o pior possível.
Para complicar o quadro as
prisões e investigações de
corrupção, principalmente o caso da operação Lava Jato a cada dia
mais se aproximam do núcleo do poder
e ajuda a tirar a tranqulidade tanto da Presidente Dilma quanto do
ex-presidente Lula.
A prisão
do Senador Delcício Amaral, do PT/MT, Lider do Governo Dilma no Senado, foi um baque
terrivel no circulo íntimo do poder e
tende a se agravar mais ainda, tendo em vista que o mesmo ao sentir-se abandonado pelo seu
partido, o PT, pelo Governo de quem era líder
e também por ter sido criticado
publicamente pelo ex presidente Lula,
está tendendo a fazer delação
premiada e com isso pode ao mesmo
tempo complicar as coisas para o lado de Lula, sob cujo governo ocorreram os
dois maiores escândalos de corrupção na
história recente do Brasil: o mensalão
e o petrolaão e também a presidente Dilma que durnte o Governo
Lula foi a toda ponderosa ministra de
Minas e Energia, Presidente do Conselho de Administração da Petrobras e Ministra da Casa civil, em substituição a José Dirceu
defenestrado pelo mensalão e que voltou
a ser preso no escândalo do petrolão/lava jato.
Outro fator de enorme desgaste para a Presidente
Dilma foi o parecer do TCU recomendando ao Congresso Nacional que suas
contas relativas ao exercício
de 2014 sejam rejeitadas devido
as famosas pedaladas fiscais e crime
de responsabilidade. Esta é uma
espada pendente sobre seu pescoço, que
deverá se repetir novamente em
relação ao exercício de 2015, engrossando o caldo pró-impeachment.
Tres fatos ocorridos nesta semana estão ajudando a complicar ainda mais a vida de
Dilma. O início da tramitação do processo de
impeachment aceito pelo presidente da Câmara Federal, um dos mais
ferrenhos desafetos do Palácio do
Planalto , do PT e partidos da base
aliada.
A derrota do Governo em relação `a
formação da comissão especial que irá julgar o processo de
impeachment, incluindo também a carta do
vice presidente dizendo de público que
Dilma e o PMBD não estão
se entendendo, passou a ser mais um fator de instabilidade política,
ajudando a oposição cooptar integrantes do PMDB e outros partidos deixando o Governo com uma base política e
parlamentar extremamente frágil.
A canetada do Ministro Fachim, determinando que tudo fique paralizado
até que o STF defina
os rumos e ritos do processo de impeachment, pode ser apenas uma vitória
de pirro para Dilma, que a cada dia está
mais acuada e seu governo paralizado , vendo aliados baterem
em retirada como os ratos fazem quando
percebem que o navio vai naufragar, ai o
que conta é o “salve-se quem puder”.
Ah, ainda existe
o processo em curso na
Justiça eleitoral que pode
cassar as candidaturas de Dilma e Michel Temer por uso de dinheiro sujo
oriundo da corrupção na Petrobrás na
última campanha presidencial, caso em que poderão ser convocadas novas eleições presidenciais.
Após a
destituição do Deputado Leonardo
Piciani como líder da bancada do
PMDB, com apoio do Presidente da Câmara
Eduardo Cunha e do Vice Presidente Michel Temer, a ala do PMDB que está aliada `a oposição e trabalha para o impeachment
de Dilma, está articulando
um rompimento do PMDB com Dilma.
Se isto vier a acontecer, juntamente com o rebaixamento da nota do
Brasil por mais uma ou duas Agências de Classificação de risco, o que colocaria
nosso país no grupo de países de risco,
com certeza o fim do Governo Dilma seria questão
de meses.
Imobilizado e sem rumo
o governo Dilma e o PT estão como soldados de um exércio de
“brancaleones”, sem comando, sem planos
e estratégia para nortear as ações e os combates que devem travar. Com uma alta
dose de probabilidade, a grande maioria dos partidos, deputados e senadores que
em alguns momenos estiveram ou ainda estão com Dilma vão abandonar o barco, evitando que o
naufrágio do projeto de poder de Lula e do PT, onde Dilma cumpre apenas um
escript momentâneo, possa também levar
seus aliados para o buraco e uma grande
derrota nas eleições de 2016 e 2018.
Isto seria excelente
para o Brasil, principalmente se Dilma sofrer
impeachment ou se em um momento de lucidez e patriotismo renunciar ao restante de seu mandato, possibilitando que o Brasil
desate este nó cego que os governos do
PT colocaram nosso país.
JUACY DA SILVA, professor
universtário, fundador, titular e aposentado UFMT, mestre em sociologia, articulista de A Gazeta.
Email professor.juacy@yahoo.com.br Blog www.professorjuacy.blogspot.com Twitter@profjuacy
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