A QUARTA REVOLUÇÃO
INDUSTRIAL
JUACY DA SILVA
O ultimo número da
revista “Foreign Affairs”, cujo título em portugues seria “Assuntos internacionais”,
datado de 12 de dezembro último tem um artigo, intitulado A quarta revolução industrial: o que ela representa e como responder
seus desafios, de autoria de Klaus
Schwab, que na verdade é um
resumo de seu livro que acabou sendo publicado
no dia 11 de janeiro deste
ano pelo Forum Econômico Mundial, e foi
o tema base do Encontro do referido forum, em Davos, na Suiça, entre 20 e 23,
vale dizer, na última semana.
Cabe ressaltar que o autor é também fundador e atual presidente do Forum
Econômico Mundial, organização que ao longo das últimas décadas costuma reunir
chefes de estado, de goverrno, ministros ,
representates de organizações internacionais, pesquisadores e dirigentes
dos maiores grupos empresariais do planeta, para discutirem a conjuntura
econômica, financeira, social e governamental do mundo e, ao mesmo tempo,
realizar análises prospectivas em relação ao futuro.
É neste contexto que
tanto o livro quanto o tema que é denominado pelo autor como a Quarta Revolução
industrial, que na verdade é mais do que o seu título indica, mas sim, uma
revolução científica e tecnológica que ja
está e estará pelas próximas
décadas provocando grandes mudanças e debates em todos os setores das
sociedades.
O livro de Schwab , tem
198 páginas e traça um panorama histórico
da evolução dos sistemas produtivos, a partir de 1784, quando ele coloca como
início da primeira revolução industrial com a inrodução da máquina a
vapor e as caldeiras, como substituição do trabalho braçal e possibilitou o
aumento da produção e produtividade até então
executados naquela epoca, boa
parte através do trabalho escravo e animais.
A segunda revolução industrial
teve início quase um século depois, em 1.870, com a introdução
da energia elétrica, da produção em massa e a divisão do trabalho,
possibilitando mais um salto qualitativo tanto no Sistema de produção quanto nas relações de
trabalho. É neste contexto qu surgem os escritos de
Engels e Marx, com a idéia da revolução do proletariado, uma interpretação dialética e do materialismo
histórico.
A Terceira revolução industrial,
segundo Klaus Schwab, ocorre em 1969, novamente
um século depois da anterior e
tem como referencial básico o uso
massivo da eletrônica, da automação e da
tecnologia da informação para tratar e processar grandes volumes de dados, com repercussões nos meios de comunicação, no
desenvolvimento computacional e no surgimento da internet e do uso massivo de
meios individuais como “smarfones”, computadores pessoais, tablets, redes
sociais e outros produtos e serviços que
todos conhecemos.
A quarta revolução industrial está surgindo
exatamnte neste momento e pode ser
representada pela crescente robotização, o surgimento de robôs intelientes que
podem executar diversas tarefas e ações
que até agora são quase exclusivamente
de seres humanos; o avanço da
inteligência artificial, da nanotecnologia, a internet das coisas (mobilidade); internet das
pessoas (redes sociais); internet de
dados (uso das nuvens, que em 2016 já deverá representar mais de 204 bilhões de
dólares, com aumento vertiginoso de uso) e internet de serviços (comércio
eletrônico; governo eletrônico, casas inteligentes, edifícios inteligents,
logística inteligente). O Autor
demonstra esta revolução industrial e tecnológica com o surgimento de
fábricas inteligentes, hotéis inteligentes e escritórios inteligentes operados,
não por humanos, mas sim por robôs
inteligentes, com capacidade e habilidades para dialogarem com
humanos.
Atualmente mais de
cinco bilhões de itens trafegam diariamente pela rede de internet e no ano 2020, deverão se 25 bilhões ou mais, com maior
velocidade e capacidade de processamento.
Essa revolução
científica, tecnológica e industrial terá muitos impactos no Sistema produtivo,
no comércio internacional e nacional, no Sistema financeiro, na governaça
local, regional, nacional ou mundial, nas pessoas e na sociedade como um todo.
O grande ou talvez o maior desafio é preparar as pessoas, nas diferentes faixas etárias e em diferentes países, com niveis
educacionais, culturais, econômico e social díspares para, não apenas se
prepararem para essas transformações
revolucionárias, mas, principalmente para que a desiguldade entre
países, entre pessoas e grupos sociais
não aumente mais do que existe, fruto da apropriaçao dos processos e resultados
desta nova revolução industrial.
Um alerta,
pessoas, classes sociais e países que
não se prepararem para entender o rítimo do processo que esta revolução
industrial representa poderão ficar `a
margem de seus frutos, ai sim, com aumento da pobreza, da miséria, do
desemprego e subemprego.
Este tema é fascinante e desafiador, voltarei a
ele oportunamente.
JUACY DA SILVA, professor
universitário, fundador, titular
e aposentado UFMT, mestre em sociologia, articulista de A Gazeta. Email professor.juacy@yahoo.com.br
Blog www.professorjuacy.blogspot.com
Twitter@profjuac
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