DOMINGO TEM PROTESTOS
JUACY DASILVA
Diversos movimentos
sociais, ONGs, entidades sindicais de trabalhadores e também de representação
do empresariado como a poderosa FIESP, a OAB
e outros mais, incluindo os partidos de oposição ao governo Dilma/Lula/PT/PMDB,
há meses estão preparando grandes manifestações populares contra a
corrupção,pelo IMPEACHMENT de Dilma, pelo fim da impunidade, contra o caos na
saúde, o desemprego, a violência , a
recessão, em defesa da operação lava jato e do Juiz Sérgio Moro, das operações da polícia federal e do Ministério Público, enfim, contra
as crises econômica, financeira,
política e moral que estão afundando o Brasil a cada dia mais.
Esses protestos devem ocorrer neste DOMINGO, 13 de março e, dependendo da participação massiva
da população possibilitará tanto ao governo quanto aos partidos de
oposição e também a todas as
instituições avaliarem como o povo está se sentindo diante de um país sem rumo,
desgovernado, em conflito, em crise institucional e `a beira de uma catástrofe.
Deverão ocorrer grandes
manifestações em todas as capitais e na grande maioria das cidades com mais de
cem mil habitantes, enfim, a voz das
ruas,da mesma forma que se manifestação
pelas DIRETAS JÁ e pelo FOR A COLLOR,
volta novamente para dizer de forma bem clara: FORA DILMA, FORA PT, FORA
CORRUPÇÃO e contra este estado de coisas
que ninguém aguenta mais. Oxalá os atuais donos do poder, incluindo o
Palácio do Planalto e também nossos Congressistas, tanto na Câmara Federal
quanto no Senado possam ouvir e entender o recado do povo e tomarem as medidas
para que este sofrimento nacional possa ser abreviado.
Diante de algumas crises bem menores do que a atual o Presidente
Vargas cometeu suicídio como forma de desatar o nó em que seu governo estava
envolvido; de forma semelhante Jânio Quadros renunciou; o Presidente João
Goulart abandonou a presidência e fugiu
para o Uruguai, dando lugar aos militares que ocuparam o poder, e, Collor foi
afastado por pressão dos “caras pintadas” e o seu impeachment pelo Congresso.
O momento atual é
extremamente grave, talvez o mais grave
em toda a história da República. Com
cerco da operação lava jato e do Ministério Público de São Paulo se fechando em torno de Lula e seus familiares, como a
tramitação dos processos de cassação das
candidaturas Dilma/Temer no TSE, com as delações do Senador Delcídio
Amaral e o início do processo de cassação do mesmo na Comissão da Ética no
Senado; com a tramitação dos vários processsos contra o Presidente da Câmara Federal,
Edudardo Cunha, segundo na linha sucessória, caso Dilma e Temer sejam cassados
ou Dilma renuncie ou sofra “impeachment”,
com as investigações sobre denúncias de corrupção contra o Senador Renan
Calheiros, Presidente do Senado, terceiro na linha sucessória; com as
investigações sobre dezenas de senadores e deputados federais que fazem parte
da famosa Lista DO JANOT, com
certeza Brasília vive em um clima
de medo e incerteza, entre os donos do
poder.
O racha no PMDB,
manifesto na escolha do líder do partido
na Câmara Federal e a
possibilidade de praticamente metade do partido abandonar a base do governo, incluindo a permanência de
Temer no commando do partido, com certeza
vai deixar o governo Dilma muito mais enfraquecido e desnorteado como
acaba de acontecer com o “imbroglio” da nomeação do ministro da Justiça, quando
o Governo Dilma, representado pelo
ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardoso, atual advogado Geral da União e
também o Procurador Geral de Justiça,foram fragorosamente derrotados pelo STF,
por dez votos a um, são ingredientes que farão
a temperatura da crise aumentar
nos círculos palacianos.
A pressão popular, nas
ruas, praças e avenidas do país prenunciam, cada vez mais, tanto o agravamento da crise quanto a
necessidade de que a mesma tenha uma
resolução breve e isto só será possível com a mudança de governo.
Se as hipóteses de
impedimento de Dilma/Temer e a
impossibilidade de que tanto
EduardoCunha quanto Renam Calheiros assumam, pelas razões de estarem sendo investigados
por acusações de prática de corrupção, o
quarto na linha sucessória é o Presidente do STF, que em poucos meses deverá
convocar novas eleições para Presidente da República e vice.
A possibilidade de que
esse desenlace aconteça ainda em 2016 pode se
dar em dois cenários: o primeiro de uma
escalada dos conflitos como
aconteceu na Venezuela e só Deus sabe onde isto vai acabar, neste caso a tão
propalada normalidade democrática e institucional podem ser afetadas; o segundo, é que os partidos que apoiam o
atual governo e as oposições
estabeleçam um pacto para que
novas eleições sejam realizadas dentro de um clima de entendimento nacional,
sem revanchismo, mas como um caminho para que a corrupção seja banida da vida
pública brasileira, possibilitando governabilidade e o retorno do país a
normalidade institucional, unicas bases para a superação da atual crise
econômica, política e institucional.
Somente um governo que
goze da credibilidade e confiança do
povo, dos vários setores econômicos, sociais e políticos tem energia suficiente
para superar essas crises dentro dos princípios democráticos, sem quebra da
ordem constitucional. Parece que isto não acontece com o atual governo e sua
base de sustentação política e parlamentar que não inspiran nem confiança e nem
esperança no povo brasileiro.
JUACY DA SILVA, professor
universitário, fundador, titular e aposentado UFMT, mestre em
sociologia, colaborador e articulista de jornais, sites, blogs e outros
veículos de comunicação. Email professor.juacy@yahoo.com.br
Twitter@profjuacy Blog www.professorjuacy.blogspot.com
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