VAMOS SALVAR O PLANETA
JUACY DA SILVA
Estamos chegando ao final de mais uma SEMANA MUNDIAL
DO MEIO AMBIENTE, com destaque para o DIA MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE comemorado na última segunda feira, 05 de
junho.
Ao
longo da semana, em quase duzentos países, inclusive no Brasil, milhares de
eventos e ações foram realizadas/os, envolvendo milhões de pessoas e milhares de organizações públicas e não
governamentais, procurando despertar a consciência coletiva e planetária para
os desafios e riscos que estamos correndo no sentido da destruição da
biodiversidade, do aquecimento global, das mudanças climáticas, da poluição da
terra, do ar e dos oceanos.
Neste
sentido, poluição dos oceanos, a ONU
está realizando em Nova York uma conferência de alto nivel, com ministros e
representantes de mais de 150 paises, denominado “A conferência dos Oceanos”, cujo tema este ano é: “Nossos oceanos, nosso future:parceria para
implementação do objetivo sustenável de número 14”, que é um dos OBJETIVOS
DEDESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL, ou AGENDA 20130 da ONU.
Esta
conferência começou na última segunda feira, DIA MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE e
termina nesta sexta feira, dia 09 de Junho d 2017, com destaque para o DIA MUNDIAL DOS OCEANOS,
comemorado todos os anos no dia 08 de
junho.
Todos
os países,de uma forma ou de outra, enfrentam inúmeros desafios para atenderem
as necessidades, as aspirações e os objetivos de suas populações. Basta
observarmos o noticiário internacional, falado, escrito ou televisivo, que
vamos nos deparar com atos terroristas cada vez mais frequentes, fanatismo religioso ou ideológico, conflitos de baixa ou média
intensidade, guerras civis ou regionais,
pobreza, fome, violência urbana e criminalidade, drogas, crime organizado e a
corrupção generalizada na sociedade e nas instituições públicas, principalmente
nas relações entre setores públicos e
empresários.
Todavia,
existem outros problemas que, segundo a ótica da sobrevivência da humanidade
são muito mais graves do que os apontados anteriormente e que as vezes pouca
atenção e as ações para a sua superação, recebem das pessoas, individualmente e
dos governos como um todo, por mais que cientistas e organizações
internacionais apontem a gravidade desses desafios e a urgência que deve ser
dada para evitar que uma catástrofe anunciada acabe ocorrendo com consequências
as mais desastrosas possíveis em um futuro não muito longínquo.
O
aumento demográfico mundial, indica que
dentro de poucas décadas o mundo deverá atingir nada menos do que 9,2 bilhões
de habitantes, dos quais mais de 80% estarão vivendo nas cidades. Mesmo que as
taxas de crescimento demográfico venham declinando em escala mundial de forma
lenta, a urbanização desde meados do século passado vem ocorrendo de forma
acelerada.
A
combinação desses dois fatores coloca alguns desafios prementes e impõem a necessidade de um planejamento em escala
transnacional para que os mesmos possam ser encarados. Os tres maiores são a produção de alimentos ,
a geração de energia e o suprimento de água.
Outros desafios estão diretamente ligados `as formas como essas tres
demandas são atendidas.
A
idéia de que o planeta tem recursos
naturais abundantes e inesgotáveis tem se mostrado uma grande falácia e
induzido alguns governos nacionais a se descuidarem das questões ambientais. Em
boa hora a ONU substituiu os OBJETIVOS DO MILÊNIO, cujo prazo de conquista
encerrou-se em 2015, pelos OBJETIVOS DO DESENVOLVIMENTO SUSTENÁVEL,
demonstrando que se cada país e o conjunto de países não cuidarem do planeta,
denominado pelo Papa Francisco em sua Encíclica Verde (Laudato Si),como a casa
comum, estaremos , todos , condenados a um grande desastre talvez igual ao que levou ao desaparecimento dos
dinossauros.
Está
comprovado, basta ler os resultados do trabalho do Painel dos cientistas sobre
as mudanças climátias, que boa parte dos desastres naturais e a degradação
ambiental que está acontecendo em escala global, estão diretmente relacionados
com as ações humanas para produzirem alimentos, energia e água e desenvolver a
economia.
Diretamente
relacionada com esses desafios todos os países
já experimentaram ou estão experimentando
a destruição dos biomas, no caso do Brasil esta destruição acontece em todos os nossos biomas, como
Amazônia, Cerrado, Caatinga, Pantanal,
Mata Atlântica e Pampas, como demonstrou recentemente a CNBB na última Campanha da Fraternidade.
Estamos
produzindo bens e serviços que acabam atendendo a um consumismo desenfreado , alimentado
pelo marketing comercial na busca
frenética pela acumulação de capital e a busca do lucro e, em decorrência
gerando lixo e rejeitos que estão tornando inviável a vida em geral. Só nos oceanos
são lançados oito milhões de toneladas de lixo em geral e plásticos por ano,
tornando a vida marinha impossível, destruindo todo tipo de vida. De forma
semelhante nossos rios, lagos, lagoas, ruas, avenidas, terrenos não ocupados
estão se transformando em uma grandes lixões e nossos córregos e rios nada mais
são ou serão do que grandes esgotos a céu aberto,vide Rios Tiete e Cuiabá.
A
interação de todos esses fatores estão contribuindo de forma assustadora para
as mudanças climáticas, aquecendo o planeta e tornando a vida impossível dentro
de algumas gerações. Diante deste desastre anunciado, é fundamental que cada
pessoa faça sua parte. Mas a maior responsabilidade continua sendo
das instituições públicas e dos governos, no sentido de desenvolverem políticas
públicas, planos e programas que tenham na sustentabilidade sua base
fundamental e que os países/governos cumpram os acôrdos internacionais que
firmaram para que tudo não venha a ser apenas discursos e uma grande encenação,
esperando,talvez pelo próximo ou o grande desastre que se avizinha.
O
maior desafio ou o somatório de todos os desafios pode ser resumido emu ma
frase: O planeta está morrendo, a hora
de salva-lo é agora!
JUACY DA SILVA,
professor universitário, titular e aposentado UFMT, mestre em sociologia,
articulista e colaborador de jornais, sites e blogs. Email professor.juacy@yahoo.com.br
Blog www.professorjuacy.blogspot.com
Twitter@profjuacy
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