ELEIÇÕES E A POLÍTICA
NO BRASIL
JUACY DA SILVA
Dentro de poucos dias
acaba o prazo para o troca troca partidário, a chamada “janela”, para que
politicos troquem de partidos, se ajuntem de forma nada coerente no aspecto
ideológico, evitando perdererem os mandatos.
Só aí é que estarão sendo formados os “novos times”, que irão disputar as
próximas eleições.
Para compreender a
realidade politica brasileira é fundamental que as pessoas consigam entender as
varias definições de politica, pois afinal, politica, poder e o uso correto ou
incorreto do dinheiro público passa pelo que entendemos por politica.
Costuma-se dizer que a
politica, da mesma forma que a prostituição são duas realidades que nasceram
com a espécie humana vivendo em sociedade organizada, são as “profissões” mais
antigas do mundo e, em certo aspecto, tem características comuns, inclusive e
dissimulação como tratam as pessoas.
Vamos então `as
definições de politica, consideradas nobres, conforme os diferentes dicionários
da língua portuguesa e os compêndios de ciências sociais. Neste aspecto
destaquei pelo menos cinco definições: 1) politica é a arte ou ciência de bem
governor; 2) arte ou ciência da organização, direção e administração/gestão de
nações, estados e suas unidades; 3) ciên cia de governor visando o bem comum;
4) exercício de bem gerir os recursos públicos e, 5) arte e ciência de
compatibilizar interesses conflitantes em uma sociedade face a recursos
escassos.
No
outro lado da moeda, temos também as ideias, definições ou conceitos de como boa
parte, em certos momentos, como atualmente no Brasil, a maior parte da
população vê, observa e avalia seus governantes, definindo, então a politica
como: 1) arte de roubar os cofres e recursos públicos impunemente; 2) arte de
mentir e enganar o povo, principalmente durante os períodos eleitorais; 3) arte
de assaltar os cofres publicos através de quadrilhas de colarinho branco que
tomam o poder; 4 arte de enriquecer, de forma rápida, gracas aos esquemas que
organizam na administração pública; 5) arte de se locupletar com o dinheiro público
ou com mutretas, prvilégios que o povo jamais compartilha; e, finalmente, 6)
arte de criar privilégios para si ou para seus apaniguados, mantendo-se
acobertados pelo manto da impunidade, como no caso do Brasil, do famigerado
“foro privilegiado”.
É
neste Quadro que o povo brasileiro está sendo bombardeado dia e noite com a
propaganda institucional do Superior Tribunal Eleitoral e os tribunais
eleitorais dos Estsados quando `a excelência do voto, a caminho da modernização
tecnológica, demonstrando a segurança do voto, que é a “arma” do cidadão para
bem escolher seus candidatos e tantas outras belas mensagens, induzindo o
eleitor de que o poder está em seus dedos ou mãos , `a medida que a biometria
seja universalizada.
Ah,
outra preocupação dos tribunais eleitorias é com as “fake news” ou noticias
falsas que surgem durante o periodo eleitoral,
pouco se importando com as mentiras, demagogia e enganação ditas pelos
candidatos e as promessas mentirosas, pois jamais serão cumpridas, que
candidatos fazem ou até colocam em seus
famosos “planos de governo”, feitos só
para atender as exigências do Sistema eleitoral ou alimentar um marketing cujo
objetivo é enganar e confundir o
eleitor.
Nada
ou pouco é dito pelos tribunais eleitorais sobre a corrupção eleitoral, o Caixa
dois, os politicos que irão se candidatar e, com certeza, inúmeros serão
eleitos, com dois grandes propósitos, primeiro, continuar acobertados pelo
manto do “foro privilegiado” , que lhes possibilita continuar com suas
carreiras de crime de colarinho branco, principalmente pela morosidade do
Sistema judiciário, principalmente nas instâncias superior, onde em torno de
duas centenas de parlamentares federais estão sendo investigados e nos Estados
outras centenas de deputados estaduais e, segundo, poder participar do
loteamento da administração publica quando eleitos.
Nada é ditto também sobre o Sistema partidário
que de idológico ou doutrinário tem
pouca consistência e não passa de um amontoado de siglas, ajuntamentos
de caciques em busca de consolidar seus
impérios e espaços de manobra e troca de favores, ou acomercialização de horários
em radio, TV ou fundo partidário, para manterem seus feudos e poder de barganha
no momento em que os eleitores precisam formar suas equipes e definer suas
estratégias de govenar e em inúmeros casos, como aconteceu no Rio de Janeiro,
em Mato Grosso e tantos outros Estados, formatar os esquemas para assaltar os
cofres publicos.
É
neste contexto que se avizinham as próximas e futuras eleições, razões pelas
quais fica dificil a gente imaginar que eleições possam representar um momento
nobre na democracia onde e quando os melhores , mais capazes, mais
comprometidos com os interesses coletivos serão escolhidos pelo povo para
governor pelo bem comum, pelo progresso e pelo desenvolvimento nacional.
Parece
que vamos continuar assistindo o desespero do povo tentando escolher os menos
corruptos, os menos demagogos e os menos incompetents para nos representar
pelos próximos quatro anos.
Esta
é a razão pela qual em todas as pesquisas de opinião pública a avaliação da “classe
politica” e dos governos tem sido extremamente negativas, o povo anda
decepcionado com nossa “democracia” e com a politica, se o voto não fosse
obrigatório aí poderiamos avaliar como o povo de fato se sente em relação `a
politica.
JUACY
DA SILVA, professor universitario, fundador, titular e aposentado UFMT, mestre
em sociologia, colaborador e articulista de veiculos de comunicação. Email professor.juacy@yahoo.com.br
Twitter@profjuacy Blog www.professorjuacy.blogspot.com
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