OS
POBRES, A PAZ E O MEIO AMBIENTE.
JUACY DA
SILVA
A escolha do novo Sumo
Pontífice, além da surpresa de o mesmo ser da América Latina, o fim do mundo,
como Ele mesmo disse, região com a maior
população católica do planeta, também passou a ser emblemática, principalmente o nome adotado pelo mesmo:
Francisco, uma referência a São Francisco de Assis.
Em suas primeiras palavras e outros pronunciamentos imediatos `a escolha, o Papa Francisco
apresentou uma trilogia que deve orientar seu pontificado, além de outros
aspectos que deverá manifestar em sua missa inaugural e outras orientações em futuras cartas apostólicas e Encíclicas.
A trilogia referida é decorrente da escolha do nome e da
homenagem a São Francisco de Assis. O
primeiro pilar está delineado quando disse que deseja uma “Igreja pobre, voltada aos pobres”, ou seja, uma Igreja sem ostentatação, sem pompas
materiais e jamais aliada aos poderosos e exploradores do povo, princialmente
dos pobres.
Para que a Igreja seja pobre e voltada aos pobres Ela deve
combater por todos os meios a desigualdade social, econômica e política; as
práticas injustas que promovem ou aprofundam a pobreza e a miséria, razões
maiores para a exclusão de mais de 1,5 bilhões de pessoas pelo mundo afora.
Isto também significa que para a igreja voltar-se aos pobres
precisa promover não apenas a caridade assistencial, mas fundamentalmente a
caridade libertadora, denunciando e combatendo as estruturas injustas das
diversas nações onde Ela esteja presente.
O segundo pilar é a paz, não a paz dos cemitérios, imposta
por governantes totalitários que sufocam a liberdade dos oprimidos, mas a paz
verdadeira oriunda da justiça em geral e da justiça social em particular, entre
povos e nações e os diversos grupos de uma mesma nação que estejam em confitos
sangrentos. Diversos desses conflitos
aguardam a mediação e uma palavra de sabedoria do Santo Padre para que a
paz volte a reinar em tais regiões.
A paz verdadeira só pode existir onde a justiça, a
fraternidade e o desenvolvimento florescem, possibilitando aos pobres e demais grupos sociais terem uma vida dígna,
onde os frutos do progresso sejam para todos e não apenas para desfrute dos
grupos dominantes.
Finalmente, o terceiro pilar: o meio ambiente em sua
plenitude. O respeito ao meio ambiente também deixa implícita a necessidade de
lutar pela sustentabilidade, contra pessoas, grupos e instituições que
contribuem para a degradação do solo, sub-solo, das águas e da atmosfera.
A busca do lucro a qualquer prêço, a depredação dos
ecossistemas, a poluição, as mudanças climáticas, a precariedade do saneamento
básico, as queimadas, o desmatamento
devem ser combatidos por uma Igreja que deseja ser pobre, voltada para
os pobres, que busca a paz e luta por um
meio ambiente saudável.
Apesar de ser jesuita e formado nos princípios seculares desta
ordem religiosa, o Papa Francisco optou pela mística e os carismas
franciscanos, oriundos de São Francisco de Assis, cujo despojamento material da
riqueza familiar e sua constante preocupação
com a natureza e com a paz, farão, com certeza, que o
Pontificado do Papa Francisco possa marcar época neste início de
terceiro milênio, resgatando as práticas, ensinamentos e as pegadas de Jesus
Cristo, centro da doutrina católica e do cristianismo.
O mundo olha com muita esperança o caminho que deverá ser
trilhado por Francisco, uma nova Luz na escuridão em que vive o mundo materializado
e desumano. Podemos ter esperança de que “um novo mundo é possivel”. Vale a
pena ter fé!
JUACY DA SILVA, professor fundador, titular e aposentado UFMT, mestre em
sociologia, colaborador do Site Hipernotícias e de outros veículos de
comunicação. Email professor.juacy@yahoo.com.br Twitter @profjuacy Blog www.professorjuacy.blogspot.com
Um comentário:
O Papa terá muito trabalho, pois seus “quesitos" deverão, encontrar barreiras enormes...mas se conseguir adequar e realizar seus objetivos, talvez consiga chegar perto do princípio de isonomia...o planeta, e tudo que há nele urge por transformações, por dignidade e preservação, o homem tido como Ser inteligente, se mostra na contra mão ...Há de ser plantar a semente, precisamos acreditar que ainda, que esse círculo vicioso, encontre o ponto adequado a inspirar o homem a salvar o planeta e tudo que o habita, não só de fé vive o homem, se faz mister, Unidos iniciarem e colocarem uma pauta de verdadeira luta de transformações, os pontos conflitantes, sabidos o são: que a batalha da transformação seja verdadeira, pois ainda há tempo de fazer do planeta um lugar onde todos os povos tenham inclusão, deixando para traz o egoísmo: Que todos tenham um caminho, um sonho: florestas encantadas, rios caudalosos, repartam o pão e a possibilidade, de cultuarem agradecimentos ,conforme suas crenças, de um planeta amado e respeitado, agradecendo a Energia Inicial, que tudo criou...e que tenhamos todo Universo, conspirando aos nossos anseios de uma realidade,humana,como deveria ser, buscando o equilíbrio necessário em bons ventos, que o homem perceba ao cantar do galona madrugada, anuncia uma nova era, quem sabe, ainda é tempo de ACORDAR o sono do egoísmo
abraços,fique com Deus, inté.... neni
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